Questões sobre Aborto

 

 Aborto . . . NÃO !!! Defenda a Vida!

 

Não importa qual o argumento, nem tão pouco as evidências: a vida começa na concepção! Abortar o nascimento de uma vida e de seu plano divino é um crime contra o Espírito Santo.

O aborto, além de ser um assassinato, causa mortes horríveis ao feto que sofre muito quando seu corpo é rasgado por sugadores, bisturis e alicates cortantes, isto sem falar em outras formas de mortes, ainda mais horríveis, impostas a estes inocentes.

Aqueles que ainda são a favor deste horror precisam se informar mais sobre o assunto. A falta de conhecimento é a maior causa deste ato impensado que provoca tanto sofrimento.

A morte causada por aborto é a principal causa de morte nos Estados Unidos - 1.211.500 por ano
Seguido por ataques cardíacos - 599.413, 
Câncer - 567.628, 
AVC - 128.842, 
E os acidentes - 118.021.

 

Perguntas e respostas:

 

1º) Já existe alguma prova científica de que a vida começa com a concepção?

 

Resposta: - SIM!!!

 

Já foi comprovado cientificamente que a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozóide o óvulo fecundado já é um ser humano, com todos os direitos assegurados pela lei que possui uma criança já nascida.

 

A Federação Brasileira das Academias de Medicina, no seu Sétimo Conclave, realizado no Rio de Janeiro, de 07 à 09 de Maio de 1998, redigiu um documento, intitulado “Carta do Rio”, no qual lê-se que a Classe Médica Brasileira afirma como Verdade Científica Irrefutável, que a Vida Humana começa com a Concepção!!!

 

Também descobriu esta verdade Dr. Bernard N. Nathanson!!! Dr. Bernard Nathanson é um médico ginecologista e obstetra americano. Foi o fundador da Associação Nacional em Favor do Aborto dos EUA, em 1968, e fundador e primeiro diretor presidente da maior clínica abortiva do mundo, o Centro de Saúde Sexual de Nova York.

 

É um médico que já realizou pessoalmente mais de cinco mil abortos. Hoje, ele é radicalmente contra o aborto e esta mudança de atitude por parte do Dr. Bernard Nathanson se deu em 1972, quando deixou o Centro de Saúde Sexual para assumir o Serviço de Obstetrícia do Hospital São Lucas de Nova York, portanto, antes da triste decisão da Suprema Corte de Justiça Americana no caso Roe x Wade, que legalizou o aborto, em todos os EUA, em qualquer período da gravidez.

 

Antes, só alguns estados como Nova York tinham legalizado esse crime.

           

Ao assumir o Serviço de Obstetrícia do referido hospital, Dr. Nathanson criou o Departamento de Fetologia, onde, através de seríssimos estudos sobre o feto no interior do útero materno, com a utilização do então recém-inventado aparelho de ultra-sonografia, pode comprovar cientificamente que o nascituro, desde o momento da concepção, já é insofismavelmente, um ser humano, com todos os direitos assegurados pela sociedade a qualquer cidadão.

           

Dr. Nathanson, como médico e, ademais, como ginecologista e obstetra, efetivamente já sabia que o ser concebido era uma criatura humana, mas não o havia comprovado, ele mesmo, de modo científico.

 

Após comprovar cientificamente este fato através de seus estudos, ele pode conhecer com maior exatidão o caráter humano do feto (nascituro) e considerá-lo não mais um simples pedaço de carne, mas um ser humano.

 

Um outro detalhe sobre Dr. Nathanson, que deve ser considerado, é que ele era e continua sendo agnóstico. Portanto, a mudança de 180 graus de sua posição a respeito do aborto, não foi devida a nenhuma influência religiosa, mas apenas à sua comprovação científica.

           

Uma outra prova contundente, de que a vida humana começa coma concepção, foi dada em 1967 na Primeira Conferência Internacional do Aborto, que realizou-se na cidade de Washington D.C. (Capital dos Estados Unidos).

 

Participaram desta Conferência, autoridades do mundo inteiro nos campos da Medicina, Biologia, Direito, Ética e Ciências Sociais. Durante esta Conferência, um grupo de vinte profissionais da área Bio-médica (Bioquímicos, Professores de Ginecologia e Obstetrícia, Geneticistas, etc.) se reuniu para debater e pesquisar exaustivamente, quando começava a vida humana.

 

Este grupo, dos quais só quatro eram católicos, chegou a uma decisão quase unânime (19 a 1), que foi a seguinte:

- “O nosso grupo, em sua maioria, não foi capaz de determinar nenhum espaço de tempo entre a união do espermatozóide e o óvulo, ou pelo menos, entre o estágio de blástula e o surgimento de uma criança, um ponto no qual pudéssemos dizer que ali não estava uma vida humana... As mudanças que ocorrem entre a implantação (do espermatozóide no óvulo) e um embrião de seis semanas, um feto de seis meses, um bebê de uma semana ou num adulto, não passam de estágios de desenvolvimento e maturação.”

           

Outros médicos em suas pesquisas científicas, chegaram às mesmas conclusões do Dr. Nathanson, entre eles, destacamos o Prof. Dr. Jerome Lejeune, médico francês falecido no dia 03 de abril de 1994 (Domingo de Páscoa), pediatra e doutor em Ciências, professor de Genética Fundamental há mais de vinte anos e nomeado, pouco antes de falecer, por Sua Santidade o Papa João Paulo II, primeiro presidente da Academia Pontifícia para a Vida.

 

Por sua descoberta da causa genética da Síndrome de Down, recebeu o Prêmio Kennedy. A ele foi concedida a Memória Allen Award Medal, a mais alta distinção mundial no campo da genética. Podemos também destacar o famoso médico da Nova Zelândia, Sir Dr. William Lilley, que é o mais importante fetólogo do mundo. E também o Dr. Landrum B. Shettles, pai das operações de bebê de proveta, que já escreveu alguns trabalhos comprovando que a vida humana começa na concepção.

 

Portanto, por tudo o que vimos, podemos insofismavelmente declarar que a vida humana começa com a concepção!!!

 

2º )  Por tudo o que foi demonstrado anteriormente, podemos então considerar o aborto um crime?

Resposta: - SIM ! ! !  E como tal deve ser tratado!!!

O Código Penal Brasileiro criminaliza o aborto em quatro de seus artigos (de 124 a 127), com penas de um a dez anos de cadeia, podendo ainda, chegar a 28 anos de detenção, caso o aborto provoque a morte da gestante.

 

Por todas as pesquisas científicas que foram feitas pelos Drs. Bernard N. Nathanson, Jerome Lejeune e Sir William Lilley e por outros médicos, o Parlamento Europeu aprovou, na metade da década de 80, a Declaração de Direitos dos Nascituros, que foi, por sua vez, redigida no Congresso Europeu dos Movimentos em Favor da Vida, realizado de 03 a 04 de dezembro de 1977 em Milão, Itália. Eis a íntegra desta declaração:

 

Art. 1º) O nascituro deve gozar de todos os direitos enunciados na presente Declaração, desde o momento da concepção.

 

Art. 2º) Todos estes direitos devem ser reconhecidos a todos os nascituros, sem nenhuma exceção ou discriminação.

 

Art. 3º) A lei deve assegurar à criança ainda antes do nascimento, o direito à vida inerente a todo ser humano com a mesma força que depois do nascimento.

 

Art. 4º) O nascituro deve se beneficiar da previdência social.

 

Art. 5º) A mãe e a criança têm direito, juntas, a uma alimentação, a uma habitação, a uma assistência e a um cuidado médico apropriados.

 

Art. 6º) A sociedade e os poderes públicos têm o dever imperioso de cuidar especialmente das mães que não dispõem de meios suficientes de subsistência e, particularmente, das mães de família numerosa.

 

Art. 7º) É proibido, tanto antes quanto depois do nascimento, submeter a criança a experiências médicas ou científicas, excetuadas aquelas que são praticadas em seu próprio interesse.

 

Se um dia a Europa for unificada, tornando-se assim, um único país, então esta declaração terá força de lei, o aborto será criminalizado e todos os meios abortivos proibidos.

 

Há, ainda, a Declaração dos Direitos da Criança Não Nascida, que foi redigida em junho de 1991, pela Associação da Direito à Vida da cidade de Newsletter, do estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, que diz:

 

Introdução: Porque o ser humano individual tem uma dignidade inerente e um valor único desde o momento da concepção / fertilização até à morte natural, os signatários desta Declaração publicamente concordam com os seguintes artigos:

 

Art. 1º) Afirmamos o fato científico de que cada criança não nascida é um ser humano em cada estágio de seu desenvolvimento, desde a concepção / fertilização.

 

Art. 2º) Respeitaremos os direitos estabelecidos nesta Declaração, sem discriminação baseada em raça, idade, sexo, nacionalidade, religião, origem sócio-econômica ou grau de perfeição, ou por qualquer outra razão.

 

Art. 3º) Afirmamos que a criança não nascida tem os mesmos direitos fundamentais, como qualquer outro ser humano, incluído o direito à vida conforme os estabelecidos na Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas, de 1948. Pedimos que esses direitos sejam reconhecidos por legislação estatutária.

 

Art. 4º) Reconhecemos que cada criança não nascida tem direito a um ambiente gestacional saudável, que deve incluir o cuidado pré-natal adequado por parte da mãe e o apoio da família.

 

Art. 5º) Afirmamos que a criança não nascida terá o direito de não ser sujeito de experiências científicas, médicas ou usos, no momento da concepção? Fertilização em diante, a menos que tal experiência ou uso a beneficie diretamente.

 

Art. 6º) Procuraremos promover informações sobre fatos científicos a respeito do desenvolvimento do feto e questões relacionadas. Também procuraremos melhorar as condições sociais, econômicas e legais que tornam difícil para a mulher ter filhos e criá-los.

 

Conclusão

 Por isso, os signatários da presente Declaração urgem as Corporações Internacionais, Governos, Organizações e pessoas de boa vontade, a ratificar e implementar os Artigos aqui contidos.

 

3º )  No caso de gravidez decorrente de estupro, o aborto é lícito?

 

Resposta: - NÃO!!!

 

Todo ser humano tem direito à vida, desde o momento da concepção. Se a mãe foi vítima de violência, não pode o inocente ser a segunda vítima da violência do pai (pai???) 

 

O estupro é um crime, mas não é cometido pela criança. A criança, gerada por estupro é mais vitima do que a mulher estuprada!!! Quem deveria ser castigado é aquele que cometeu o estupro, isto é, quem tem de pagar por este crime é o estuprador e não a criança inocente, ou melhor, que tem de pagar por este crime é o estuprador e não a vítima!!!

 

No Brasil, não existe pena de morte para os culpados; ora, se não há pena de morte para os culpados, por que querer impor a pena de morte para os inocentes??? Ou pior por que querer impor pena de morte para as vítimas??? Isto é a quinta essência da injustiça!!!

 

Um segundo ponto a ser visto nesta questão é o de que todo aborto provocado acarreta terríveis traumas físicos e psicológicos na mulher, principalmente traumas psicológicos. Ora, o aborto não apaga o estupro; pelo contrário, acrescenta à primeira violência do estupro uma segunda violência, a do aborto, que é mais grave.

 

Portanto, querer apagar dessa maneira uma terrível violação, isso não é lógico. É simplesmente absurdo, irracional e, na realidade, o que faz é aumentar o trauma da mulher ao destruir uma vida inocente.

 

Assim sendo, por que penalizar duplamente a mulher? Além do mais, a vida do nascituro tem valor em si mesma, mesmo que tenha sido criada em circunstâncias tremendas. Circunstâncias essas que jamais poderão justificar a sua destruição. 

 

Um terceiro ponto a ser considerado é de que a gravidez resultante de estupro, segundo comprovação científica, é raríssima, pois em primeiro lugar a mulher não se encontra permanentemente em período fértil; e mesmo que o estupro ocorra no período fértil da mulher, a situação emocional, às vezes, até o pavor, contribui seguramente para que não haja concepção, pois há uma revolta de tal monta no organismo feminino que, em geral, acaba não sendo violado no sentido de gravidez.

 

Devemos notar que um exaustivo trabalho realizado em Mineapolis, Estado de Minnesota, EUA, durante dez anos, em 3500 casos de estupro registrados, em nenhum houve decorrência de gravidez.

 

Finalmente, devemos considerar três fatos ocorridos, um na África e dois na Bósnia:

 

Há alguns anos atrás, o falecido Papa João Paulo II definiu que sete freiras missionárias católicas que foram estupradas na África e que, engravidaram devido ao estupro, gerassem os bebês até o parto e depois os doassem a famílias de adoção. E assim foi feito.

 

O segundo fato é o conhecido estupro de mulheres muçulmanas bósnias por guerrilheiros sérvios, ocorrido há uns dois anos. Essas mulheres engravidaram, mas não abortaram, pois resolveram de livre e espontânea vontade, aceitar um apelo do Santo Padre, o Papa João Paulo II, feito por famílias croatas bósnias, que lhes pediram para que não abortassem.

 

Ora, os croatas, em sua esmagadora maioria, são católicos, e não se dão muito bem com os muçulmanos bósnios, embora sejam aliados; o Papa é o chefe espiritual dos católicos, portanto, é o chefe espiritual dos croatas. Contudo, as mulheres muçulmanas bósnias não hesitaram em aceitar o apelo do Papa.

 

Que vergonha para nós, católicos do Brasil! Nós, que nos julgamos o maior país católico do mundo (?), e que temos milhares de abortos por ano.

 

Será que as muçulmanas bósnias entrarão no céu antes de muitas católicas brasileiras? As crianças da Bósnia, frutos do estupro das mulheres muçulmanas bósnias por guerrilheiros sérvios, hoje são criadas por famílias croatas; não serão elas um hino de paz e amor, num antro de ódio e de guerra?

 

E, finalmente, o terceiro ponto é o do estupro de freiras católicas croatas, também por guerrilheiros sérvios. Essas freiras engravidaram, deram à luz às crianças e hoje cuidam dessas crianças.

 

Pode ser que para nós, se torne difícil aceitar esses fatos. Todavia, eles demonstram o amor de Deus. Para entendermos e aceitarmos esses três exemplos citados, exige-se fé, exige-se um testemunho de fé.

 

Uma criança fruto de estupro é, em si mesma, inocente! Nela permanece a imagem de Deus! Assassinarem esse bebê inocente é assassinar a misericórdia de Deus, que está viva nessa pequena vida e para quem Deus, apesar de tudo, também tem um plano de amor e bondade.

O mistério do aparecimento de um novo ser sobre a terra é um grande mistério. Havia dois seres humanos e, de repente, há um terceiro ser, um novo espírito completo, acabado, tal como jamais foi criado por mãos humanas, um novo pensamento, um novo amor. É muito impressionante. Não há nada maior no mundo!

4º ) Quer dizer que a mulher terá de agüentar uma gravidez, dar a luz e criar uma criança que ao olhar para ela lhe lembrará o estupro; uma criança filha de um estuprador e que com certeza ela odiará?

Resposta: - NÃO!!!

Ela poderá dar a criança para uma família que queira adotá-la. Se uma mulher que engravidou por estupro, acha que irá odiar a criança que está no seu ventre, ela deverá considerar o fato de que esta criança é tão ou  mais vítima do estupro do que ela, e que ela tem direito à vida, mesmo sendo gerada por estupro e que é um absurdo punir com a morte a vítima, enquanto o criminoso, o estuprador, está livre, ou se preso, pegará uma pena pequena.

A mulher deverá considerar também, que há milhares de famílias que querem adotar uma criança recém-nascida e que, com certeza, darão à criança o amor que ela julga não ter para dar.

Um outro fato devemos considerar aqui. É o fato de que a maioria esmagadora das mulheres que engravidam em decorrência de estupro não transferem a revolta pelo estupro e o ódio pelo estuprador para a criança gerada. Um exemplo clássico é o caso da freira croata, Irmã Lucy Veturse que foi estuprada por terroristas sérvios e engravidou.

No caso da Irmã Lucy, há um agravante, que é o ódio secular existente entre sérvios e croatas. Ódio este que foi abafado durante o comunismo na Ex-Iugoslávia, mas que voltou à tona, depois do desmantelamento deste país. Um ódio tão forte, que não se convida para uma mesma festa um sérvio e um croata, a não ser que se queira que a festa acabe em pancadaria.

Imaginemos, então, o ódio que sentiria uma mulher croata, caso fosse estuprada por um sérvio. Muitos talvez pensarão que ela irá querer abortar, sem vacilar, caso engravide em decorrência do estupro. Não foi isso o que ocorreu no caso da Irmã Lucy. Pelo contrário, ela quis ficar com a criança e isso evidenciamos na carta que ela escreveu à Superiora de sua Ordem. Eis a seguir, trechos da carta emocionante que ela escreve à sua Superiora, conforme publicada na Revista Pergunte e Responderemos (N.º 386, 1994, págs. 318 a 321:

Revda. Madre Geral,

Eu sou Lucy Veturse, uma das Junioristas que foram violentadas pelos milicianos sérvios... acontecimento que atingiu a mim e às duas Irmãs religiosas Tatiana e Sendria

Seja-me permitido não descer a certos particulares do fato. Há experiências tão tristes na vida, que não podem ser comunicadas para ninguém, a não ser àquele Bom Pastor a quem me consagrei no ano passado com os três votos religiosos...

O meu drama não é a humilhação padecida, como mulher, nem a ofensa insanável feita à minha escolha existencial e vocacional, mas é sobretudo a dificuldade de inscrever na minha fé um acontecimento que certamente faz parte do insondável e misterioso plano d’Aquele que eu continuarei a considerar sempre o meu Divino Esposo.

No meu caderno de notas, tinha escrito, nos anos de minha adolescência, que nada é meu, eu não pertenço a ninguém, ninguém me pertence. Alguém pelo contrário, me apanhou numa noite que eu não queria mais lembrar, me arrancou de mim mesma, pensando tornar-me algo dele.

O que é, Madre, o meu sofrimento e a ofensa padecida em comparação a tudo aquilo que sofre Aquele pelo qual eu tinha mil vezes prometido dar a vida? Disse então bem devagar: “Seja feita Tua vontade, sobretudo agora que não tenho outro apoio senão a certeza de que Tu, Senhor, está perto de mim”.

Escrevo, Madre, não para receber da senhora conforto, mas para que me auxilie a agradecer a Deus por ter me associado a milhares de minhas compatrícias ofendidas na honra e forçadas à maternidade indesejada. Minha humilhação junta-se à delas e, pois que não tenho  outra coisa para oferecer para a expiação dos pecados cometidos pelos anônimos violentadores e para uma pacificação entre as duas opostas etnias, aceito a desonra padecida e a entrego à misericórdia de Deus.

Agora eu sou uma entre elas, uma das tantas anônimas mulheres do meu povo com o corpo destruído e a alma devastada. Nosso Senhor me admitiu a participar de seu mistério de vergonha; mais, ainda, a mim, religiosa e freira, concedeu o privilégio de compreender até o fundo a força diabólica do mal.

Tudo passou, mas, Madre, tudo está para começar. No seu telefonema depois de suas palavras de conforto, de que ficarei agradecida por toda a minha vida, a senhora me colocou uma clara pergunta: “Que farás da vida que te foi jogada no seio?” Percebi que sua voz tremia ao me colocar essa interrogação, à qual achei pouco oportuno responder logo, não porque não tivesse já refletido sobre a escolha, a decisão a ser tomada, mas para não atrapalhar as eventuais propostas e projetos seus a meu respeito.

Eu já decidi. Se for mãe, o menino será meu e de ninguém mais. Sei que poderia confiá-lo a outras pessoas, mas ele tem direito, mesmo não sendo esperado por mim, nem pedido, ao meu amor de mãe.

Não se pode arrancar uma planta de suas raízes. O grão caído no chão precisa crescer lá onde o misterioso semeador, mesmo sendo iníquo, o jogou. Realizarei minha vocação religiosa, mas de outra maneira. Não peço nada à minha Congregação, que já me deu tudo. Fico agradecida pela solidariedade fraternal das co-irmãs, que nestes dias me encheram de atenções e amabilidades e, em particular, por não me ter incomodado com perguntas indiscretas. Irei embora com meu filho, se Deus quiser. Não sei ainda, mas Deus, que interrompeu improvisadamente minha maior alegria, me orientará e indicará o caminho a percorrer para cumprir sua vontade.

Voltarei a ser uma moça pobre, e tomarei meu velho avental, meus tamancos, que as mulheres usam nos dias de semana, e irei com minha mãe a recolher a resina da casca dos pinheiros dos nossos vastos bosques.

Deve mesmo haver alguém que comece a quebrar a corrente de ódio que deturpa, há tanto tempo, os nossos países. Ao filho que vier (se Deus quer que venha) ensinarei mesmo somente o AMOR.

Ele, nascido da violência, testemunhará, perto de mim, que a única grandeza que honra a pessoa humana, é aquela do PERDÃO.

Irmã Lucy

O exemplo da Irmã Lucy é o do amor  e do perdão, infelizmente algumas pessoas optam pelo ódio e pela vingança.

Certa vez, numa pesquisa feita por um jornal, sobre os sete pecados capitais, uma pessoa deu a seguinte declaração sobre aqueles que cometem o pecado da ira, os irados: “O irado é aquele que atira para todos os lados. Ele não se importa em atingir ou mesmo matar inocentes para se vingar dos culpados. O irado é verdadeiramente um animal irracional”.

A pergunta feita acima, demonstra, como o mencionou o Papa João Paulo II, na sua encíclica Evangelium Vitae que estamos vivendo em uma Cultura de Morte, ou melhor, vivemos numa cultura de ódio que gera esta Cultura de Morte, ou melhor ainda, vivemos na Cultura do Egoísmo, que gera a Cultura do Ódio, que por sua vez, gera a Cultura da Morte. Cultura esta que responsável por todas as misérias, degradações e desumanidades do mundo atual.

Mundo que é governado pela irracionalidade dos irados e que condena e rejeita a Nosso Senhor JESUS CRISTO enquanto liberta e aclama a Barrabás. Pois onde já se viu odiar uma criança inocente? Haverá maior prova de irracionalidade do que uma mulher que odeia seu próprio filho? Ou, melhor dizendo, haverá maior prova de desequilíbrio emocional, pior que a própria irracionalidade, do que o ódio sentido por uma mulher contra seu próprio filho, como se fosse ele o autor do estupro? Devemos fazer este tipo de questionamento pois, nenhuma espécie de animal irracional rejeita a sua própria cria.

Devemos deixar aqui uma pergunta no ar: Em que mundo queremos viver? No mundo da Cultura da Morte, governado pelos irados e pela irracionalidade do egoísmo, do ódio e da vingança? Ou no mundo da Cultura da Vida, governado pelos mansos, humildes, misericordiosos e altruístas e pelas virtudes da Fé, Esperança e Caridade?

Se você optou pela segunda alternativa, deve ajudar a salvar a vida de crianças ameaçadas pelo aborto em qualquer circunstância!!!

No céu você conhecerá as crianças que ajudou a salvar do aborto!

 

5º) Quer dizer que a mulher além de sofrer o estupro, ainda terá de doar o seu próprio filho?

 

Resposta:- SIM!!!

 

Se se alega que esta criança será um motivo de uma constante lembrança do estupro e que esta criança vai ser odiada, ela deve mesmo doar a criança a uma família, que certamente irá ama-la!!!

 

Mas se a mulher, que sofreu um estupro e engravidou, amar esta criança, que ela está esperando, mesmo sendo filha de um estuprador, então neste caso ela não deve ser obrigada a doar o seu filho!!!

 

E não me venham com aquela estória, que é preferível matar do que doar!!! Quem pensa que é melhor matar, que doar, deve ler aquela passagem do Primeiro Livro dos Reis, no Antigo Testamento, sobre o Julgamento de Salomão (1Rs 3, 16 – 28), para saber, que não está agindo com a Sabedoria Divina!!!

 

Eis a passagem:

16 Vieram duas prostitutas apresentar-se ao rei.
17 Uma delas disse: Ouve, meu senhor: Esta mulher e eu habitamos na mesma casa, e eu dei à luz junto dela no mesmo aposento.
18 Três dias depois, deu também ela à luz. Ora, nós vivemos juntas, e não havia nenhum estranho conosco nessa casa, pois somente nós duas estávamos ali.
19 Durante a noite morreu o filho dessa mulher, porque o abafou enquanto dormia.
20 Levantou-se ela então, no meio da noite, e enquanto a tua serva dormia, tomou o meu filho que estava junto de mim e o deitou em seu seio, deixando no meu o seu filho morto.
21 Quando me levantei pela manhã para amamentar o meu filho, encontrei-o morto; mas, examinando-o atentamente à luz, verifiquei que não era o filho que eu dera à luz.
22 É mentira!, replicou a outra mulher, o que está vivo é meu filho; o teu é que morreu. A primeira contestou: Não é assim; o teu filho é o que morreu, o que está vivo é o meu. E assim disputavam diante do rei.
23 O rei disse então: Tu dizes: é o meu filho que está vivo, e o teu é o que morreu; e tu replicas: não é assim; é o teu filho que morreu, e o meu é o que está vivo.
24 Vejamos, continuou o rei; trazei-me uma espada. Trouxeram ao rei uma espada.
25 Cortai pelo meio o menino vivo, disse ele, e dai metade a uma e metade à outra.
26 Mas a mulher, mãe do filho vivo, sentiu suas entranhas enternecerem-se e disse ao rei: Rogo-te, meu senhor, que dês a ela o menino vivo; não o mateis; a outra, porém, dizia: Ele não será nem teu, nem meu; seja dividido!
27 Então o rei pronunciou o seu julgamento: Dai, disse ele, o menino vivo a essa mulher; não o mateis, pois é ela a sua mãe.
28 Todo o Israel, ouvindo o julgamento pronunciado pelo rei, encheu-se de respeito por ele, pois via-se que o inspirava a sabedoria divina para fazer justiça.

Aqui voltamos ao tema dos irados, citados anteriormente, irados que são verdadeiramente animais irracionais. Infelizmente há pessoas que preferem abortar do que doar a criança para uma outra família onde certamente será amada!!!

 

Dizia o saudoso Papa João Paulo II, que o mundo perdeu o Santo Temor de DEUS!!! Quais são os Dons do Divino ESPÍRITO SANTO? São eles: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Santo Temor de DEUS!

 

Ora quando o mundo perde o Santo Temor de DEUS, automaticamente cai na Impiedade, onde aqueles que defendem os valores da moral e da ética cristã são desprezados e perseguidos, enquanto abominações como o aborto e o casamento de homossexuais são tidos como direitos humanos!!!

 

Quando a impiedade reina, a Santa Ciência de DEUS é desprezada e só é considerada a ciência dos homens (há cientistas que estão declarando, que quando a ciência descobrir exatamente como foi o início do Universo, DEUS e as religiões vão se tornar obsoletos, pasmem!!!).

 

Quando a Santa Ciência de DEUS é desprezada e só é considerada a ciência dos homens, ao invés de Fortaleza temos os vícios e a corrupção campeando!!! Vejam só quantos jovens destruídos pelas drogas, quantos jovens condenados pela AIDS (quando não contraem a doença na promiscuidade sexual , a contraem nas drogas), isto sem falar na corrupção que se alastra entre os nossos governantes e na sociedade em geral!!!

 

Quando os vícios e a corrupção campeiam, o mundo torna-se fechado aos Santos Conselhos de DEUS!!! Vejam aqui, como os meios de comunicação social fazem campanha de costumes e modos de vida totalmente anti-cristãos!!!

 

Quando o mundo torna-se fechado aos Santos Conselhos de DEUS, impera o desentendimento!!! Vejam aqui quantos divórcios, quantas brigas de pais e filhos, entre irmãos e até mesmo dentro da Igreja!!!

 

Quando impera o desentendimento, ao invés de uma sociedade sábia temos uma sociedade irada, que caminha para sua autodestruição, uma sociedade irracional onde domina a Cultuar do Egoísmo, que gera a Cultura do Ódio, que por sua vez gera a Cultura da Morte, onde as pessoas preferem matar por aborto do que doar a criança para a adoção!!!

 

 

7º) E no caso de gravidez tubária (ou ectópica), o aborto é lícito?

 

Resposta: - Não!!!

 

Em 1994, dois médicos ingleses desenvolveram uma técnica que permite salvar a mãe e o filho em casos de gravidez tubária ou ectópica. Os médicos Dr. Malcolm Pearce do George’s Hospital de Londres e Dr. Gedis Crudzinskas, líder do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Royal London Hospital, desenvolveram uma técnica que consiste em remover o embrião da trompa e colocá-lo num catéter; em seguida, o médico dilata o cérvix (canal que conecta o útero à vagina) e coloca o catéter; o passo seguinte é introduzir o embrião, que flutua até o útero. Estes médicos já tinham tentado esta operação antes, mas sem sucesso, pois o embrião não conseguia ficar preso ao útero; mas então eles descobriram que arranhando levemente o útero, este “fabricava sua própria cola”, permitindo assim, prender o embrião.

 

O mais interessante desta descoberta é que em 1915, o Dr. C. J. Wallace, da cidade de Duluth, Estado de Minnesota, EUA, já havia criado esta técnica acima mencionada e publicou esta descoberta em uma famosa revista médica internacional: a “Surgery, Ginecology and Obstetrics” (Vol. XXIV, janeiro a junho de 1917, páginas 578 e 579), mas ninguém ficou sabendo disso.

 

Em 1988, um médico Docente da Clínica Ginecológica e Obstétrica da Universidade de Roma, Dr. Eugênio Lenzi, também publicou esta técnica em outra revista médica internacional (de língua italiana): a “Rivista di Ostetrícia, Ginecologia Prática e Medicina Perinatale” (Volume III, n.º 2, abril-junho de 1988, páginas 135-139).

 

Ainda em 1988, mais precisamente de 23 a 28 de outubro de 1988, o mesmo Dr. Eugênio Lenzi, apresentou no XII  Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia, realizado na cidade do Rio de Janeiro, esta técnica em uma palestra, onde houve projeção de slides.

 

Em ambos os casos, esta pesquisa do Dr. Eugênio Lenzi não teve a divulgação desejada. Em 1989, o pai das operações de fecundação fora do útero (bebê de proveta), Dr. Landrum B. Shettles, enviou a um Congresso de Fertilização in Vitro, realizado na cidade de Annecy, França, um pôster onde relata ter realizado esta técnica, de transferência de embrião da trompa para o útero, em uma paciente de 27 anos.

 

Neste caso, a paciente teve, após esta cirurgia, uma gestação normal, dando a luz a uma menina perfeitamente normal, pesando 3200g. Este pôster do Dr. Landrum Shettles, passou praticamente desapercebido neste Congresso.

 

Em outubro de 1989, o Dr. Eugênio Lenzi, apresentou no Congresso da Sociedade Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, realizado na cidade de Sorrento, na Itália, um trabalho sobre a utilização da Sonografia Transvaginal (TVS) para o diagnóstico da gestação tubária e seu transplante para o útero. Este trabalho representou um aperfeiçoamento da técnica criada pelo Dr. C. J. Wallace em 1915.

 

De todos estes trabalhos publicados e apresentados em Congressos, parece que o dos Drs. Malcolm Pearce e Gedis Crudzinskas foi o que teve melhor divulgação; mas, sendo divulgado como se tivesse sido a primeira vez que esta técnica foi empregada, o que não corresponde à realidade.

 

Como meditação final, devemos imaginar se um médico pesquisador da América do Norte ou da Europa, viesse ao Brasil e descobrisse, na flora, ou na fauna amazônica, uma substância que curasse totalmente a AIDS, esta notícia com certeza, chegaria aos jornais do mundo inteiro em menos de uma semana e, em cálculos pessimistas, no mínimo de dois anos, uma droga feita dessa substância, já estaria sendo comercializada em todas as farmácias do mundo inteiro.

 

Ora, por que as pesquisas que anulariam as causas que são propostas para o aborto, não têm a mesma divulgação? É porque não há uma pressão popular para que estas pesquisas sejam reconhecidas e possam assim representar soluções de vida e não de morte.

 

Queremos aqui declarar que a Salpingectomia nos casos de gravidez tubária não rota (pois nos casos de gravidez tubária rota, a criança já morreu) é uma forma de aborto!!!

 

Há muitas pesquisas médicas que comprovam cientificamente, uma realidade que já é comprovada pela fé, a de que a vida humana começa com a concepção. Nós cristãos, devemos estar atentos e não nos deixarmos enganar pelas manobras daqueles que estão tentando impor uma cultura de morte no Brasil; pois, o cristão não é chamado a dar testemunho de Pôncio Pilatos, que lavou as mãos fazendo-se indiferente e insensível, ante a uma injustiça; mas sim, de JESUS CRISTO, que não só anunciava a Boa Nova, mas também denunciava a hipocrisia e o pecado dos fariseus e dos saduceus.

8º ) Nos casos em que há má formação do nascituro, o aborto é licito?

 

Resposta:- NÃO!!!

 

Pois seria o mesmo que autorizar a eliminação de todos os deficientes físicos e mentais que estão nas ruas, ou então, mandar para campos de extermínios todas as pessoas infectadas com o vírus da AIDS (HIV) ou deficientes.

 

Esse tema é muito delicado, porque significa que aspiramos a uma sociedade formada por pessoas fisicamente perfeitas. Ora, podemos afirmar sem sombra de dúvidas, que não há ninguém perfeito fisicamente no mundo inteiro, pois se houvesse tal pessoa, ela seria imortal.

 

É perigosíssimo aceitar este princípio, porque desembocaria em um holocausto, como o levado a cabo por Hitler e suas hordas nazi-facistas, quando perpetraram um mundo onde apenas a pura raça ariana teria o direito à vida. Aqui estamos falando de um exemplo da História Contemporânea, mas há um exemplo muito mais significativo na Antigüidade, que é o exemplo de Esparta!

 

Os espartanos matavam seus filhos e filhas ao nascer, quando consideravam estes fracos demais para se tornarem guerreiros e aquelas sem boa constituição para gerarem futuros guerreiros.

 

Esparta foi a única cidade da Grécia Antiga que utilizou esse infanticídio eugênico abominável. Foi também a única cidade grega que não legou nada para a humanidade; nenhum artista, nenhum poeta, nenhum geômetra, nenhum filósofo e nem mesmo uma ruína.

 

De Esparta não ficou nada e se sabemos de sua história é pelo relato de historiadores de outras cidades gregas. Como explicar o fato de que essa gente que era grega e vivia entre os gregos, o povo mais inteligente da Terra na Antigüidade, que concebeu a democracia, criou e desenvolveu a ciência e forjou a civilização ocidental, não ter legado nada à humanidade?

 

Isto se deu porque matando seus filhos aleijados e julgados incapazes, os espartanos exterminaram ao mesmo tempo, seus futuros poetas, músicos, arquitetos, matemáticos, filósofos e assim, progressivamente foram se embrutecendo, e em conseqüência disto, sua civilização desapareceu, ao ponto de não sobrar nem mesmo uma única ruína!

 

Ao contrário de Esparta, o único povo da Antigüidade no Mar Mediterrâneo, que ainda hoje existe, mais ou menos com os mesmos costumes de antigamente, é o povo judeu. Os judeus eram o único povo da Antigüidade que desconhecia o aborto; houve casos, narrados na Bíblia, de sacrifícios de crianças ao deus pagão Moloc, mas eram crianças já nascidas; de crianças não nascidas, jamais houve algum registro (histórico ou bíblico) de que tivessem sofrido um aborto voluntário.

 

Tanto isso é verdade, que quando o Rei Davi soube que ele havia engravidado Betsabéia, mulher de Urias, o heteu; nem ele e nem ela pensaram no aborto; mas, em primeiro lugar, Davi tentou fazer que Urias se deitasse com sua mulher, não conseguindo, tramou a morte de Urias (confira 2Sm 11, 1-27).

 

Nós brasileiros, que nos julgamos a maior Nação Católica do Mundo (???), devemos aqui nos perguntar, que destino queremos para o nosso País? O de Esparta ou o de Israel? Se optarmos pela segunda alternativa, devemos nos posicionarmos radicalmente contra o aborto!

 

Ainda mais um exemplo de como é enganoso o argumento de má formação do feto, para justificarmos o aborto. Um professor de Medicina, certa vez, fez esta pergunta aos seus alunos:

“ Uma mulher, que possui retardamento mental, o marido é alcoólatra e tem sífilis, dos quatro filhos que possuem, o primeiro é cego de nascença, o segundo é aleijado de nascença, o terceiro é tuberculoso e o quarto possui Síndrome de Down (Mongolismo); está grávida do quinto filho. O que ela deve fazer? Todos responderam : Ela deve abortar! E ele concluiu : Vocês acabaram de matar Ludwig Von Beethoven”!

 

Se começarmos a aceitar o aborto, mesmo em casos de má formação do feto, quantos Beethovens não iremos matar?

 

Muitas pessoas acham que é cruel deixar uma criança aleijada nascer para levar uma vida miserável, mas esta tese na verdade é falsa. Um psicólogo americano, Dr. Paul Cameron D. Van Hoeck, declarou em 1971, na Reunião Anual da Associação Americana de Psicologia, que a suposição de que as pessoas aleijadas gozam menos a vida que as normais, tinha sido comprovada falsa, recentemente àquela data.

 

Uma investigação, muito bem documentada, demonstrou que não havia diferença entre as pessoas inabilitadas e as ditas normais em relação ao grau de satisfação da vida, sua atitude para o futuro e a sua vulnerabilidade à frustração. Embora seja muito comum e atual, achar que as pessoas incapacitadas desfrutem menos da vida do que as normais, essa opinião não tem nenhum fundamento científico (empírico ou teórico).

 

É preciso ficar bem claro, que todas as constituições de todas as nações do Mundo no século XX e no atual século XXI, defenderam ou defendem o direito à vida de todos os seus cidadãos, mesmos os deficientes físicos e mentais.

 

Houve, porém, duas exceções no século XX : as Constituições da Alemanha Nazista e a da extinta União Soviética durante a Ditadura de Stálin, que exigiam a perfeição física, mental, genética e racial (no caso da Alemanha Nazista) dos seus cidadãos, como condição necessária, para continuarem vivendo.

 

Aqui estamos tratando do aborto em casos de mal formação do feto, que é também chamado de Aborto Eugênico. Mas, para entendermos ainda melhor o que é aborto eugênico, precisamos entender primeiro o que é Eugenia. Mas o que é Eugenia???

 

Eugenia é uma filosofia e também uma doutrina política, criada no século XIX, pelo inglês Francis Galton, primo de Charles Darwin, que visa aperfeiçoar a raça humana pelo controle dos fatores genéticos e hereditários. Na verdade, Francis Galton ficou maravilhado e inebriado pela doutrina do seu primo e resolveu colaborar, à sua moda, para acelerar a evolução da espécie humana.

 

Ele e seus seguidores sustentavam que a “Seleção Natural”, proposta por seu primo, já não se realizava mais entre os homens, porque os governos e as instituições de caridade (principalmente as ligadas à Igreja Católica) passaram a proteger os fracos, os doentes, os incapazes, em resumo todos os excluídos da sociedade, o que levou e ainda leva à decadência da raça humana e ao surgimento de toda espécie de doenças e vícios que contaminam a sociedade.

 

Para interromper esse declínio, propunha Francis Galton e seus asseclas, duas diretrizes, que seriam as subdivisões da eugenia, a primeira seria a eugenia positiva e a segunda seria a eugenia negativa.

 

A eugenia positiva consiste em encorajar as pessoas tidas por “superiores” a terem muitos filhos, enquanto a eugenia negativa, ao contrário, consiste em persuadir as pessoas consideradas como “inferiores” a terem poucos filhos ou, principalmente, a não terem filhos.

 

A eugenia negativa inclui o controle da natalidade, que é eufemisticamente chamado por “Planejamento Familiar”, e destina-se a grupos raciais e econômicos específicos, tais como: pobres, negros, mestiços, asiáticos e outras raças tidas por inferiores, além de deficientes físicos e mentais.

 

Para se por em prática tudo isso, deve-se promover a distribuição de pílulas anticoncepcionais, preservativos, exames pré-natais visando o aborto eugênico (de deficientes físicos e mentais), o aborto coercitivo, a esterilização em massa de determinados grupos raciais e/ou sociais, a eutanásia e até mesmo o infanticídio de crianças recém-nascidas. Comparemos aqui, as idéias de Francis Galton com os costumes espartanos, não são a mesma coisa? Outra estratégia da eugenia negativa é utilizar-se dos Meios de Comunicação Social para persuadir o povo de que tudo aquilo que ela propõe representa um bem para a Humanidade.

 

A eugenia foi a principal das filosofias que inspiraram Adolf Hitler a criar a ideologia nazista. É interessante frisar aqui que a americana Margareth Sanger, uma das principais filiadas da Sociedade Eugênica dos Estados Unidos da América, contemporânea e amiga de Hitler, nazista e racista como ele, inimiga declarada de negros e pobres, foi a fundadora e a primeira presidente do maior movimento mundial pró-aborto da atualidade, a IPPF(International Parenthood Planeeded Federation) Federação Internacional de Planejamento Familiar, cuja a filial no Brasil, chama-se BEMFAM, que é a sigla de Sociedade Civil para o Bem Estar da Família e é formada por médicos favoráveis ao aborto.

 

Consta na Ata de Fundação da IPPF, em 1952, em Bombaim, na Índia, a seguinte declaração de Margareth Sanger: “Os pais devem ser assistidos, orientados e direcionados para eliminarem (sic ) os filhos indesejados, que geralmente não contribuem para a civilização, mas gastam energia e recursos do mundo”.

 

Margareth Sanger também pregava a promiscuidade sexual, na teoria e na prática, desde a escola primária em aulas de “Educação Sexual” e na distribuição de preservativos, como aliás estamos vendo, hoje em dia, em nossas escolas.

 

Tais declarações de Margareth Sanger, foram capazes de irritar a Mahatma Gandhi, que foi tido como um dos homens mais pacientes do século XX, que naquela ocasião, escreveu uma carta a um amigo advogado de Bombaim, condenando a ela e ao IPPF.

 

Depois de tudo isto, que foi declarado a respeito da eugenia e do aborto eugênico, faz-se necessário perguntar: Pode um cristão, ou mesmo um não-cristão, ou ainda, um ateu ou agnóstico com um mínimo de racionalidade, concordar com estas idéias?

 

 

9º) No caso específico da Anencefalia, o aborto é lícito?

 

Resposta:- NÃO!!!

 

É necessário que se mencione, que a criança anencéfala, apesar de não ter uma parte do cérebro, não está morta no útero da mãe!!!

 

No dia 20 de Outubro de 2004, quando, Graças a DEUS, foi cassada, pelo Supremo Tribunal Federal, a ADPF/54 (Liminar concedida pelo Ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal, que permitia o aborto de anencéfalos), o então Procurador-Geral da República, Dr. Cláudio Fontelles, que pedia o arquivamento do processo, por tratar-se de pretensão inconstitucional, declarou: "A idéia dos mentores da causa é que não há vida no bebê anencéfalo.

 

Mas como não há vida se o anencéfalo cresce e se desenvolve?

 

O Ministro Eros Grau, um dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, que votou contra a Liminar do Aborto dos Anencéfalos, declarou ao votar:

“Estou discutindo unicamente a lógica do sistema jurídico. Trata-se de uma liminar contra a vidasendo que, porém, os próprios direitos do nascituro são reconhecidos pelo artigo segundo do nosso Código Civil”.

 

O Ministro Cezar Peluso, outro que votou contra a Liminar Abortista, declarou:

“É evidente que a vida intra-uterina é objeto de tutela jurídica no ordenamento jurídico brasileiro. A própria lei penal é a tutela da vida intra-uterina como um bem jurídico que merece proteção. A história da criminalização do aborto mostra que esta tutela se fundamenta na necessidade de preservar a dignidade desta vida independentemente de qualquer deformidades, as quais sempre foram conhecidas na história do Direito. O que é uma novidade na história são os diagnósticos, mas a consciência jurídica jamais desconheceu a possibilidade que de uma gravidez possa resultar uma deformidade".

 

Não me convence  o fato de que o bebê anencéfalo seja um condenado à morte. Todos nós somos condenados à morte. O tempo em que esta morte virá é que não pode estar à disposição dos demais indivíduos. Em direito são as coisas que são objetos da disposição alheia.

 

Se fazemos com que o momento da morte do bebê anencéfalo seja objeto da disposição alheia estamos transformando o anencéfalo em coisa. Porém o fato é que o Direito brasileiro não trata os nascituros como coisas, porque manifestamente contém disposições para tutelar-lhes a vida. Por estas e outros motivos que não reproduzimos neste condensado, penso que a causa não tem grande probabilidade e, portanto, não se lhe pode confirmar a liminar. Não há nenhuma dúvida,  que os autores da ação pretendem criar um excludente de ilicitude a uma norma já existente da qual jamais houve qualquer dúvida quanto ao seu significado. Não se pode reinterpretar uma norma que não deixa qualquer dúvida quanto ao seu significado sob o pretexto que esta norma não é mais adequada".

 

Estes foram alguns dos vários argumentos, que levaram os Ministros do Supremo Tribunal Federal a cassarem esta Liminar abortista! Portanto, como a vida humana começa com a concepção (como foi visto anteriormente), deve o nascituro, mesmo que seja anencéfalo, ter o direito de nascer e o direito a uma morte natural!!!

 

Além disto devemos considerar, que ao abortar uma criança anencéfala, a estaremos privando do sacramento do Batismo!!! Quão grande é a responsabilidade de quem aborta uma criança!!!

 

Mas por que pensar em remediar este problema com uma solução de morte se podemos preveni-lo com uma solução de vida?

 

O Dr. Jérôme Lejeune, em uma palestra, proferida na sua última visita ao Brasil, antes do seu falecimento em 1994, declarou que no início da década de 80, dois médicos pesquisadores ingleses, Dr. Laurence e Dr. Smithells, descobriram que as mães colocavam no mundo crianças sem cérebro ou com espinha bífidia (um tipo de paralisia), tinham uma taxa muito baixa de ácido fólico na corrente sangüínea.

 

Propuseram-se, então, fazer um tratamento com as mães que tivessem filhos, com estes dois tipos de males, aconselhando-as a tomar ácido fólico antes de engravidar.

 

Os resultados foram impressionantes, eles conseguiram erradicar estes males em todos os países onde este tratamento foi aplicado, a saber: Reino Unido, República do Eire (Irlanda), Alemanha e países escandinavos.

 

No caso da espinha bífidia, deve-se mencionar que médicos americanos desenvolveram uma técnica cirúrgica que corrige este defeito e que é feita em uma criança ainda no útero materno. Todas as crianças que passaram por este tipo de cirurgia, nasceram normais e saudáveis. Convém aqui lembrar que doenças como Anencefalia e espinha bífidia são raríssimas.

 

É interessante mencionar aqui, uma doença raríssima denominada Coréia de Hutington. Esta doença, que é detectada em exames pré-natais, que é 100% fatal e que faz com que a pessoa viva, no máximo, até os quarenta anos, também é um dos casos, em que os abortistas, justificam o aborto.

 

Aqui, neste caso, propor aborto, é um absurdo maior ainda, pois muitas pessoas, que viveram menos de quarenta anos, contribuíram beneficamente para o progresso da humanidade, a começar por Nosso Senhor JESUS CRISTO e muitos Santos da Igreja.

 

Não importa se uma pessoa vai viver um minuto ou quarenta anos após o seu nascimento, o que importa é que, em qualquer caso, todos têm o direito inalienável de nascer!

 

Para finalizar, por que devemos pensar em aborto em caso de Anencefalia, se este mal pode ser evitado, como vimos acima?

 

Especialmente num país como o Brasil, que erradicou a poliomielite, e que consegue vacinar todas as suas crianças contra este mal em apenas um dia?

 

10º ) No caso específico da Síndrome de Down (Mongolismo), o aborto é lícito?

 

Resposta: - NÃO!!!

 

No caso da Síndrome de Down (Mongolismo), os modernos recursos na área da Pedagogia, nos mostram que mesmo não tendo os mesmos recursos intelectuais das pessoas ditas normais, os portadores da Síndrome de Down podem ser alfabetizados, estudar e trabalhar.

 

Quem nos declara isto é o Prof. e Dr. Jérôme Lejeune, médico francês, pediatra e geneticista, descobridor da causa genética da Síndrome de Down. Por esta descoberta, ele recebeu o prêmio Kennedy. Dr. Lejeune sempre tratou de crianças portadoras de Síndrome de Down e jamais, por isso, achou que o aborto seria uma solução para a vida destas crianças e de seus pais.

 

Já existe um método de ensino desenvolvido pela Universidade de Goiás, nos anos 70, método este que é aplicado desde os primeiros meses de vida e que aplicado em crianças normais eleva o Q.I. destas crianças ao nível de gênio; quando aplicado em crianças com Síndrome de Down ou com qualquer outro tipo de retardamento, eleva o Q.I. destas crianças ao nível normal.

 

O médico mais conceituado na área da fetologia, o médico néo-zelandês Sir Dr. William Lilley, teve com a sua esposa três filhos normais; quando seus filhos cresceram e se casaram, o casal Lilley resolveu adotar uma criança com Síndrome de Down.

 

Anos mais tarde, o casal Lilley declarou que esta criança que eles adotaram trouxe mais alegria a eles, do que os seus três filhos normais, o que demonstra que o aborto não é uma solução a este problema. A solução a este problema e a todos os problemas da humanidade é o Amor.

 

 

 11º) E nos casos em que a mãe contrai rubéola durante a gravidez, nestes casos o aborto seria lícito?

 

Resposta: - NÃO!!!

 

Acredita-se que se a mãe contrair rubéola, durante os três primeiros meses de gravidez, o bebê fatalmente irá nascer cego, surdo e/ou retardado.  Isto é um mito, sem nenhuma base científica.

 

Um exaustivo estudo científico, feito na França, mostrou que 95% dos abortos terapêuticos feitos em mulheres que contraíram rubéola durante os três primeiros meses de gravidez, naquele país, foram desnecessários.

 

Em outras palavras, 95% das crianças abortadas, na França, filhas de mães com rubéola, eram normais e foram assassinadas, por se pensar que nasceriam cegas!

 

Outro exaustivo estudo, feito pelo Dr. Moloshok, afirma que, nos casos de gravidez onde as mães contraíram rubéola, nos três primeiros meses de gestação, só em 17% dos casos, os bebês nascerão com defeitos.

 

No estudo do Dr. Moloshok, dos 17% de crianças infectadas pela rubéola durante a gravidez, temos:

1º) 50% nasceram surdas, mas a grande maioria destas crianças, se curaram da surdez com tratamento médico.

 

2º) 50% nasceram com problemas cardíacos, onde quase todas se curaram com intervenção cirúrgica.

 

3º) 30% nasceram com catarata, na maioria dos casos em apenas um olho.

 

4º) 1,5% nasceram com problemas de retardamento mental.

 

Depois destes resultados, alguém ainda pode pensar em aborto nos casos de rubéola materna durante a gravidez?

 

Para finalizarmos, narraremos um fato real ocorrido na cidade de Barbacena – Minas Gerais:

 

Dona Lúcia ao engravidar contraiu rubéola. Muitos de seus amigos e parentes, a aconselharam a abortar, pois todos acreditavam que a criança iria nascer excepcional e ela iria sofrer muito. Mas ela sendo católica fervorosa não admitiu em nenhum momento, a idéia de um aborto, disse a todos que a aconselharam a abortar que aceitaria o filho custasse o que custasse. O menino realmente nasceu excepcional. O marido de Dona Lúcia, seu Adahilton, comprou uma casa com piscina, onde Dona Lúcia chegava a passar oito horas por dia ensinando natação a seu filho.

 

E o milagre aconteceu, hoje o filho de Dona Lúcia e seu Adahilton é médico e diretor de uma clínica.

 

No céu você conhecerá as crianças que ajudou a salvar do aborto!

 

 12º) E no caso específico da AIDS, isto é, de uma mãe com AIDS, o aborto seria lícito?

 

Resposta:- NÃO!!!

 

Uma pesquisa feita pela Dra. Pamela Boyer, médica pesquisadora da Universidade da Califórnia, e publicada na edição do dia 22 de junho de 1994, da Revista da Associação Médica Norte-americana (JAMA June 22/29, 1994 –Vol. 271, páginas 1925-1930), constata que a droga AZT impede a passagem do vírus da AIDS da gestante para o nascituro.

 

Nesta pesquisa, vinte e seis aidéticas grávidas, foram tratadas com AZT, durante a gravidez ou durante o parto, e só houve a transmissão do HIV para apenas um bebê, o que representa menos de 4% dos casos.

 

Além disso, por um motivo que os médicos ainda desconhecem, só 10% das crianças que nascem com AIDS, filhas de mães aidéticas (que não receberam nenhum tratamento com o AZT nem durante a gravidez e nem durante o parto) desenvolvem a doença, as outras 90% eliminam o vírus no primeiro ano de vida, tornando-se, assim, crianças saudáveis.

 

Ora, se aplicarmos esses valores acima mencionados, teremos que, 10% de 4% é igual a 0,4%, o que significa que de 1000 mulheres grávidas portadoras do HIV e tratadas com AZT durante a gravidez ou durante o parto, menos de 4 delas irão ter filhos que irão desenvolver a AIDS.

 

Com tudo isso, que foi exposto acima, podemos assegurar que não se deve pensar em aborto em caso de AIDS.

 

No céu você conhecerá as crianças que ajudou a salvar do aborto!

 

13º ) E nos casos em que há má formação do nascituro, devido ao uso da Talidomida durante a gravidez, o aborto é licito?

Resposta: - NÃO!!!

 

Porque, como já foi mencionado anteriormente, a vida humana começa a partir do momento da concepção e neste caso seria o mesmo que condenar à morte todos os deficientes físicos do mundo, o que aliás também já foi mencionado anteriormente.

 

Devemos salientar que a Talidomida, ou Amida Nftálica do Ácido Glutâmico, é uma droga, que é usada no tratamento da Hanseníase (Lepra) e expressamente proibida, de ser utilizada por mulheres em idade fértil, pelas seguintes portarias da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde: - Portaria N.º 63 de 04 de Julho de 1994 e Portaria N.º 160 de 28 de Abril de 1997. Infelizmente muitos médicos receitam essa droga para mulheres em idade fértil.

 

A história da Talidomida é a seguinte:

- Em 1954, é desenvolvida na Alemanha um nova droga destinada a controlar a ansiedade, tensão e náuseas.

- Em 1957, essa droga passa a ser comercializada em 146 países. Em 1958, a Talidomida começa a ser vendida no Brasil.

- Em 1960, são descobertos os efeitos degenerativos da droga nos nascituros, durante os três primeiros meses de gestação.

- Em 1961, a Talidomida é retirada do mercado em todos os países do mundo, exceto no Brasil; tem-se início então, os processos de indenização em vários países.

- Em 1965, com quatro anos de atraso, a Talidomida é retirada de circulação no Brasil; mas, no mesmo ano, um médico israelense descobre os efeitos benéficos dessa droga no tratamento da Hanseníase e, com isso, a Talidomida volta a ser comercializada no mundo inteiro, inclusive no Brasil. A tragédia da Talidomida foi o principal fator que levou a Inglaterra a legalizar o aborto, na década de 70.

 

Aqui é necessário se narrar a história do Dr. Ruy de Noronha Miranda, ou como é mais conhecido, Dr. Ruy de Miranda, um médico dermatologista gaúcho, residente em Curitiba desde a década de 30. Ele é uma das maiores autoridades brasileiras em Hanseníase, foi professor da Universidade Federal do Paraná e diretor do setor de Hanseníase do Hospital das Clínicas de Curitiba.

 

Após se aposentar destas duas instituições em 1984, criou a Fundação Pró-Hansen, fundação esta, que trata de pessoas portadoras de Hanseníase e faz pesquisas científicas sobre esta moléstia. No dia 26 de Junho de 1988, foi publicada uma entrevista do Dr. Ruy Miranda, à repórter Marleth Rejane da Silva, no jornal de maior circulação de Curitiba, aGazeta do Povo ( página N.º 22 ), na qual ele declara ter conseguido fazer o cultivo do Bacilo de Hansen em laboratório.

 

Isto, caso seja comprovado, é um fato inédito e notável, pois desde que o médico norueguês Gerhard Arnauer Hansen (1841 – 1912), descobriu, em 1868, o Microbacterium Leprae ou Bacilo de Hansen, nenhum laboratório do mundo inteiro, conseguiu fazer a cultura deste bacilo em laboratório.

 

O Dr. Ruy, disse nessa entrevista, que após Ter conseguido fazer essa cultura em laboratório, mandou a pesquisa para ser publicada em duas revistas médicas especializadas: uma nos EUA e outra na Inglaterra. Ambas as revistas não publicaram a pesquisa dele e nem lhe responderam. Ainda nessa entrevista, ele fez uma declaração, a respeito do fato, das duas revistas médicas especializadas, não publicarem a pesquisa dele e nem lhe responderem:

 

Países como o nosso são desacreditados. Eles acham que nós somos caloteiros, mentirosos e vadios. É difícil eles aceitarem o que nós dizemos! ” ( sic ).

 

Ele também disse nessa entrevista, que estava tentando provar cientificamente, que havia conseguido fazer a cultura, em laboratório, do Bacilo de Hansen; declarava que isto era muito difícil, pois cada bactéria para ser identificada precisa passar por várias provas biológicas e bioquímicas e pelo fato deste bacilo nunca ter sido cultivado em laboratório, ficava difícil achar um parâmetro de identificação; mas, de doze provas possíveis, ele já havia obtido resultados positivos em oito (ou seja, em 2/3 delas).

 

Ele ainda, nessa mesma entrevista, queixava-se da pouca verba que recebia para as pesquisas. Se o Dr. Ruy Miranda recebesse mais verbas para as suas pesquisas, ele poderia comprovar cientificamente, que conseguiu cultivar o Bacilo de Hansen em laboratório, e passaria para a fase final dos projetos 29 e 33 da Fundação Pró-Hansen que são, respectivamente, um remédio mais eficaz no tratamento da Hanseníase e uma vacina contra a Lepra.

 

Ora, se ele conseguisse fazer uma vacina contra a Hanseníase, isso implicaria, que num período relativamente curto de tempo, essa doença seria erradicada do mundo e, consequentemente, o Dr. Ruy Miranda ganharia o Prêmio Nobel de Medicina, se tornado o primeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Nobel.

 

Com a erradicação da Hanseníase, a Talidomida voltaria a ser proibida no mundo inteiro e não mais se proporia o aborto eugênico para casos de mal formação fetal decorrente do uso de Talidomida durante a gravidez. Devemos ainda frisar, que a fabricação de uma vacina anti-Hanseníase e de uma droga mais eficaz no tratamento desta doença, renderiam ao governo e aos laboratórios que as fabricassem, uma excelente renda!

 

14º) A mulher tem o direito de abortar, porque tem direito ao próprio corpo?

Resposta: - NÃO!!!

 

O nascituro é um outro ser humano, e não parte do corpo da mãe!

É uma presunção alguém achar que é dono da vida de outra pessoa; tal pessoa possui uma mentalidade escravocrata.

 

Nos EUA , durante a escravidão, as leis dos estados do sul diziam textualmente que gente negra não eram pessoas conforme as regras da Constituição Americana, portanto podiam ser comprados, vendidos, usados, e até mortos como propriedade do patrão, isto ocorria em 1857.

 

Tal mentalidade perdura até hoje na cabeça de muitas feministas. Ora, se foi comprovado cientificamente que, o nascituro já é um ser humano desde o momento da concepção e se é um absurdo, para qualquer pessoa, espiritual e mentalmente equilibrada, matar uma criança já nascida, então por que vamos permitir matar uma criança, no útero de sua mãe? Só porque é um estorvo para ela?

Um segundo ponto a ser considerado é que o argumento empregado pelas feministas, neste caso, para justificar o aborto, que é dizer que a mulher é dona do seu próprio corpo, é muito relativo; pois ninguém tem direito ao suicídio ou à automutilação.

Deveríamos considerar lícito, um aidético, sair mundo afora, contaminando outras pessoas, via relações sexuais ou via doação de sangue, só porque ele é dono do seu corpo e faz com ele o que quiser?

A todo direito conquistado, assume-se também um dever, a toda liberdade adquirida, recebe-se uma responsabilidade. O que acontece é que as pessoas que são favoráveis ao aborto, particularmente as feministas, querem o direito ao prazer sexual sem assumir o dever de uma família, de uma esposa ou de um marido; querem a liberdade sexual sem responsabilidades, como gravidez, filhos, vida conjugal e familiar.

Tais pessoas são irresponsáveis no mais profundo sentido da palavra, pois só querem liberdades e direitos, sem assumir nenhum dever ou responsabilidade.

A este tipo de liberdade, que é a liberdade irresponsável, dá-se o nome de libertinagem, que é na verdade uma negação da verdadeira liberdade; pois na libertinagem, as pessoas acabam se tornando escravas dos seus vícios e paixões.

Os libertinos além de irresponsáveis são também profundamente egoístas, pois só pensam em si mesmos e em satisfazer os seus caprichos e paixões, esquecendo-se por completo dos outros e até da própria família, cônjuge, filhos.

Alegar que a mulher tem direito ao aborto, pois tem direito ao próprio corpo é a quinta essência da ideologia libertina. Com tudo o que vimos, devemos considerar como normal ou justa a libertinagem? Devemos dar ouvidos aos libertinos e às suas teses? Achar que é moralmente lícito, que a mulher tem direito a abortar, porque ela tem direito ao próprio corpo, é o mesmo que aceitar como legítima defesa da honra o assassinato da esposa adúltera pelo marido traído.

As feministas se manifestam sempre ruidosamente, pedindo a condenação máxima para o réu, em julgamentos de maridos que matam as suas esposas infiéis. Devemos considerar ainda que muitas vezes o aborto é uma violência em dobro contra os direitos da mulher. Violência contra os direitos da mãe e da filha, pois nem todo nascituro ameaçado de aborto é menino.

Finalizamos com o jargão utilizado pelas feministas em cartazes e palavras de ordem, em julgamentos de homens que matam suas esposas, quando estas os traem e que se aplica perfeitamente neste caso estudado, que é:

“Quem Ama, Não Mata!” (lema do nosso movimento)

 15º ) O aborto é apenas uma questão religiosa?

 

Resposta:- NÃO!!!

 

Claro que não, pois ter ou não ter religião ou mesmo ser ateu, não dá o direito a ninguém de matar, um outro ser da própria espécie. Aonde estão os direitos humanos?

 

O problema aqui, não é uma questão de ser católico, protestante, ortodoxo, judeu, muçulmano, espírita, budista, umbandista, esotérico, etc.; mas sim uma questão de vida ou morte para uma criança inocente

 

Vejamos, agora, alguns trechos de uma palestra proferida pelo Dr. Bernard Nathanson em uma conferência promovida pelo Colégio Médico de Madri (Espanha) na década de 80 (portanto muito depois da metade da década de 70, período em que ele deixou de ser abortista e aborteiro para se tornar um ardoroso defensor da vida nascitura; mas antes de 89, ano em que começou o seu processo de conversão ao Catolicismo, em que ele era agnóstico confesso):

 

“Posso assegurar-lhes que, o aborto não é um problema do tipo confessional e, por exemplo, eu não pertenço a nenhuma religião e no entanto, lhes estou falando contra o aborto... Ainda que não professe nenhuma religião, penso que existe uma Divindade que nos ordena pôr fim a esse triste, inexplicável e vergonhoso crime contra a humanidade. Se não sairmos vitoriosos e recusarmos nossa completa dedicação a esta causa tão importante, a história não nos perdoará nunca!”

 

Devemos concluir aqui,  afirmando categoricamente, que o aborto não é em hipótese alguma, uma questão religiosa; o aborto é uma violação dos direitos humanos do nascituro; o aborto é crime e como tal deve ser tratado!

 

 

 

16º) A legalização do aborto acabaria com o aborto clandestino, isto é, com a legalização do aborto o número de abortos, que hoje é feito clandestinamente, diminuiria?

Resposta:- NÃO!!!

 

O Dr. Jerome Lejeune, em uma palestra proferida na sua última visita ao Brasil, antes de seu falecimento, declarou que na França, antes da legalização do aborto, estimava-se, no máximo, que 80.000 abortos clandestinos seriam praticados anualmente; logo após a legalização do aborto, na França, o número de abortos comprovados por ano, subiu para 300.000.

 

Ninguém, em sua sã consciência, pode declarar que passar de 80.000 abortos por ano para 300.000 é uma diminuição! Esta declaração do Dr. Jerome Lejeune, foi comprovada cientificamente, numa pesquisa publicada na Revista Britânica de Obstetrícia e Ginecologia em Dezembro de 1996 (British Journal of Obstetrics and Gynaecology, Dezembro de 1996, Volume n.º 103, páginas 1222 à 1229) com o título “O Impacto da Introdução do Novo Método Clínico sobre Abortos Terapêuticos realizados na Enfermaria Real de Edimburgo.

 

Esta pesquisa é de autoria do Professor Dr. David T. Baird e de sua assistente Dra. Sharon T. Cameron, ambos pesquisadores clínicos do Centro de Biologia Reprodutiva, do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Edimburgo.

 

Esta pesquisa foi realizada na Enfermaria Real de Edimburgo, que é uma grande hospital-escola da capital da Escócia. Nesta pesquisa, realizada entre os anos de 1989 e 1995, mostra que, com o advento de um novo método clínico de aborto, que é a pílula abortiva RU 486, também conhecida como a “Pílula do Dia Seguinte”, o número de abortos vem crescendo consideravelmente na Escócia, tendência que os autores desta pesquisa crêem, estar também ocorrendo em todos os países membros da União Européia.

 

Mostra, esta pesquisa, que em 1989 o número de abortos, realizados na Enfermaria Real de Edimburgo, foi de 1645 abortos, e este número aumentou para 1707 abortos em 1990; subindo para 1833 abortos em 1991, dos quais 1461 foram abortos cirúrgicos, 219 abortos clínicos (pílula RU 486), em nascituros com idade fetal menor ou igual a 9 semanas e 153 abortos clínicos (pílula RU 486) em nascituros com idade fetal maior que 12 semanas; em 1992 este número foi de 1858 abortos; e, em 1994 o número de abortos disparou  para 1954 abortos realizados, sendo 1112 abortos cirúrgicos, 645 abortos clínicos (pílula RU 486)  em nascituros com idade fetal menor ou igual a 9 semanas e 197 abortos clínicos  (pílula RU 486) em nascituros com idade fetal maior que 12 semanas.

 

Em 1995 o número de abortos clínicos em nascituros  com idade fetal menor ou igual a 12 semanas, que em 1994 era de 645 abortos disparou para 748 abortos. Esta pesquisa demonstra que, embora o número de abortos  cirúrgicos venha caindo a cada ano, o número de abortos clínicos (isto é, abortos onde é utilizada a pílula abortiva RU 486) está disparando, passando em três anos de 372 abortos em 91 (219 com nascituros de menos de 9 semanas e 153 com nascituros de mais de 12 semanas para 842 abortos em 94 (645 com nascituros  de menos de 9 semanas e 197 com  nascituros de mais de 12 semanas), ou seja, um aumento de 226,35% em três anos!

 

Esta pesquisa que foi feita por médicos favoráveis ao aborto, mostra muito claramente que, com a legalização do aborto, o número de abortos não diminui  e, ao contrário, aumenta. Além disto, não acabam os abortos clandestinos em tais países, porque muitas moças solteiras tidas como “virtuosas” e esposas infiéis preferem correr os riscos do aborto clandestino a se exporem à difamação e/ou a um divórcio, onde a mulher adúltera com certeza perderia a guarda dos filhos.

 

Há ainda mais dois exemplos significativos!!! O primeiro é que desde 2004, na Espanha, o número de abortos, a cada ano, aumenta em escala geométrica!!! O segundo é que na Austráliao número de abortos anuais tem aumentado tanto, que o governo australiano está perdendo o controle da situação!!!

 

Para isto o governo australiano vai contratar o serviço de movimentos Pró-Vida ligados à Igreja Católica, para fazer aconselhamento Pró-Vida à toda mulher que desejar fazer um aborto na Austrália!!!

 

Um outro mito relacionado ao problema aborto legalizado x aborto clandestino, é a questão de que o aborto legalizado seria mais seguro para a mulher.

 

Pura ficção de uma mente delirante! Nenhum aborto é seguro, além disto, em todos os países onde o aborto é legalizado, os abortórios, obrigam as mulheres que vão abortar, a assinar um documento isentando o abortório e os aborteiros, por quaisquer conseqüências físicas e psicológicas que elas possam vir a sofrer em decorrência do aborto; conseqüências estas que são tão freqüentes e fatais como nos casos do aborto clandestino.

 

E não se deve pensar que os métodos clínicos, isto é, os métodos que são usados remédios abortivos, como a pílula RU 486, sejam mais seguros que os outros métodos de aborto; a pesquisa dos Drs. David Baird e Sharon Cameron, a qual foi mencionada acima, relata que o volume do sangramento nos casos de abortos clínicos, especialmente nos casos em que foram utilizadas as pílulas RU 486, foi maior que nos casos de aborto cirúrgico; sendo que, a maior parte da perda de sangue nos casos de aborto cirúrgico ocorre durante a cirurgia, enquanto que nos casos de aborto clínico esta perda de sangue ocorre após o aborto e de maneira mais constante e gradativa, o que significa um sofrimento maior para a mulher que faz este tipo de aborto.

 

As mulheres que fazem aborto, com a pílula abortiva RU 486, têm que ficar internadas por mais ou menos três dias na Inglaterra e com acompanhamento constante do médico.

 

Quem pensa que o aborto legalizado seria mais seguro para a mulher, desconhece a realidade dos fatos!!!

 

17º) Aqui no Brasil, só as pessoas da classe alta ou da classe média-alta têm recursos para fazer, aqui mesmo ou no exterior, um aborto mais seguro (mais seguro???). Não seria mais justo legalizar o aborto para que os pobres também possam praticá-lo? A situação atual não é injusta para com os pobres?

Resposta: - Não!!!

Não é pelo fato de pessoas ricas ou de classe alta ficarem impunes quando cometem um crime, que iremos acabar com a lei, a fim de que os pobres também possam cometer o mesmo crime impunemente.

A solução não é acabar com a lei, mas com a impunidade. (Que infelizmente já foi institucionalizada no Brasil), é impor penas mais severas para quem praticar o aborto, que deveria ser tido como crime hediondo!!!

Tal argumento abortista denota uma profunda falta de inteligência, pois fazer tal sugestão seria o mesmo que:  

1º) Quando um programa de televisão é ruim, propor que se mude de televisor ao invés de se mudar de canal.

2º) Quando o pneu do carro fura, propor que se mude de carro, ao invés de trocar de pneu.

3º) Quando a marca de sabonete preferido está faltando em todos os supermercados, farmácias e perfumarias, propor que se deixe de tomar banho ao invés de se trocar de marca de sabonete. 

4º) E no fim, é isso mesmo o que querem tais pessoas, ou seja: quando um crime é praticado largamente sem punição, propor que se acabe com a lei, ao invés de se exigir um maior rigor no cumprimento da lei e na punição dos culpados.

Seria interessante perguntar às pessoas que pensam dessa forma o que elas acham da impunidade das falcatruas cometidas pelos políticos brasileiros?

Será que elas proporiam a descriminalização ou mesmo a legalização da corrupção entre os políticos brasileiros?

De certo estas pessoas devem ter sido contra a cassação do ex-deputado federal Sérgio Naia. Será que elas proporiam ao governo dar uma medalha ao Sérgio Naia e a todos aqueles que constroem prédios que caem?

E em relação à tragédia do Bateau Mouche? Será que estas pessoas concordam com a impunidade dos responsáveis pelo barco que afundou na passagem de ano, de 88 para 89?

E os escândalos do mensalão e dos sanguessugas??? Será que estas pessoas seriam contra a cassação destes corruptos ( muitos deles foram absolvidos!!! )???

Para desmascararmos a hipocrisia que existe por trás desta falsa justiça social, proposta pelas feministas e pelos partidários do aborto, é dever falarmos (para compararmos com o crime do aborto) sobre uma terrível violência cometida contra as mulheres em 28 países de maioria muçulmana da África e 2 do Oriente Médio, que é a circuncisão feminina ou infibulação.

Antes de começarmos a explicar o que é a circuncisão feminina ou infibulação, desejamos declarar, que todos os membros do nosso movimento, somos radicalmente contra esta bárbara forma de mutilação!!!

A circuncisão feminina ou infibulação é uma operação praticada em meninas ou moças em uma faixa etária que varia dos 5 aos 20 anos com o objetivo de se anular o prazer sexual da mulher nas relações sexuais e assim garantir esposas fiéis e dóceis.

Esta “operação” é geralmente feita pela parteira da tribo ou da caravana nômade. Na circuncisão feminina ou infibulação, a menina ou moça é imobilizada por quatro mulheres enquanto a parteira munida com uma lâmina de barbear ou navalha (geralmente suja ou sem ser esterilizada) corta, com gestos rápidos, o clitóris, os pequenos e os grandes lábios da vagina, estirpando-os; depois, com uma agulha de costurar e linha, costura tudo bem apertado, deixando um pequeno orifício para passagem da urina e do sangue da menstruação. Toda esta operação é feita sem anestesia!

Após esta “operação”, a menina ou moça é enfaixada até os joelhos, com as pernas fechadas, permanecendo nesta posição por 40 dias, sangrando e penando até cicatrizar ou morrer (o que não é raro).

Quando crescer, se casar e tiver filhos, a mulher terá de sofrer novamente parte desta operação, pois a cada parto, a costura feita na circuncisão feminina é estraçalhada e terá de ser refeita.

Em países como o Sudão, Etiópia, Somália, Mali e Serra Leoa, mais de 80% das mulheres já se submeteram à circuncisão feminina.

Nos seguintes países: Alto-Volta, Chade, Egito, Gâmbia, Guiné Bissau, Quenia, Libéria e Mauritânia, a circuncisão feminina já foi efetuada numa faixa que varia de 50 a 80% da população feminina.

Na Arábia Saudita, Iêmen e demais países de maioria muçulmana da África esta taxa varia de 5 a 50% da população feminina.

No Egito, onde 55% das mulheres já se submeteram a esta tipo de mutilação, barbeiros e também médicos fazem esse tipo de operação; sendo que, quem tem dinheiro, paga bem caro aos médicos para fazerem a circuncisão feminina nas suas filhas, com anestesia, com material cirúrgico esterilizado e “com toda segurança”, em clínicas particulares.

Ora, qual seria a reação das feministas, se num desses países onde a circuncisão feminina é uma tradição, o governo resolvesse legalizar essa mutilação, com o pretexto de oferecer uma circuncisão feminina gratuita, mais segura e com anestesia nos hospitais públicos do suposto país às mulheres pobres?

Certamente a reação das feministas e dos partidários do aborto seria explosiva, talvez até pediriam à ONU que interviessem militarmente no suposto país. Nas Conferências da ONU sobre a população realizada no Cairo (Egito) em setembro de 94, e sobre as Mulheres realizada em Pequim (China) em setembro de 95, as feministas fizeram tanta pressão contra este tipo de mutilação que o governo egípcio proibiu, em 1996.

A circuncisão feminina em todos os hospitais públicos e particulares do Egito, proibição esta que não está impedindo que 55% das mulheres todos os anos sofram esta mutilação. As mesmas conferências da ONU, porém, as feministas e os partidários do aborto lutaram com todas as forças para que o aborto fosse considerado um método de planejamento familiar, o que, graças a Deus, não foi aprovado em nenhuma destas conferências!

E é aqui que fica evidenciada a hipocrisia das feministas e dos partidários do aborto, pois, por pior, mais dolorosa e cruel que seja uma mutilação, ela jamais será pior que um assassinato.  Um assassinato sempre será pior que uma mutilação!

Ao condenar uma mutilação (circuncisão feminina) e defender um assassinato (aborto) as feministas e os partidários do aborto deixam cair a máscara de justiça social para mostrar a sua verdadeira face, que é a face da hipocrisia farisaica, hipocrisia essa que os fazem cegos que guiam outros cegos, que filtram o mosquito mas deixam passar o camelo! (Confiram Mt 23, 24), pois na verdade não estão interessados nos pobres e muito menos nas mulheres do Brasil, mas em querer impor a ideologia abortista e a cultura da morte ao povo brasileiro! Por isso, a proposta de legalização do aborto, para que as mulheres pobres possam também fazer aborto como as mulheres ricas, e as mulheres da classe média-alta, não passa de hipocrisia e demagogia barata das feministas e dos partidários do aborto!

 

 

 18º ) E se a mulher ao se ver grávida e impossibilitada de abortar, ameaçar se suicidar? Não será lícito deixá-la abortar para evitar-se um suicídio?

 

Resposta: - NÃO!!!

 

O suicídio é um fato quase desconhecido entre mulheres grávidas e duas pesquisas científicas confirmam esta afirmação: A primeira pesquisa foi um estudo feito nos E.U. A., no Estado de Minnesota, durante 15 anos, onde houve, durante este período, apenas 14 suicídios de mulheres que estavam ou estiveram grávidas.

 

Destes 14 suicídios, 11 foram após o parto. Nenhuma estava grávida por relações ilícitas. Nenhuma destas gravidezes eram indesejáveis. Todas as suicidas eram psicopatas.

 

A segunda, e mais importante pesquisa, foi um estudo realizado por um médico e duas médicas finlandeses, Dr. Mika Gissler, Dra. Elina Hemminki e Dra. Jouko Lönnqvisti (médicos pesquisadoras do Centro Nacional  Finlandês de Pesquisa para a Saúde e Bem-Estar), publicado na Revista Médica Britânica (British Medical Journal – Volume n.º 313) no dia 7 de Dezembro de 1996, páginas 1431 à 1434, com o título de “Suicídios após gravidez na Finlândia entre 1987 e 1994”.

 

Esta pesquisa, que estudou o suicídio de mulheres em idade fértil (de 15 a 49 anos de idade) na Finlândia, entre os anos de 1987 e 1994, mostrou que neste período houve 1347 suicídios de mulheres em idade fértil, deste total apenas 73 suicídios estavam relacionados à gravidez, o que dá 5,4% do total de suicídios de mulheres em idade fértil e obteve os seguintes resultados:

1º) A taxa anual geral (homens e mulheres) de suicídios na Finlândia é de 11,3 (ou seja, 11,3 suicídios por 100.000 óbitos por ano;

 

2º) A taxa de suicídios de mulheres após um parto, na Finlândia, é significantemente pequena e é de 5,9 (5,9 suicídios por 100.000 partos) por ano;

 

3º ) A taxa de suicídios anuais após um aborto (isto é, não intencional) na Finlândia é de 18,l (18,1 suicídios por 100.000 abortos involuntários);

 

4º ) A taxa anual de suicídios após um aborto induzido é de 34,7 (34,7 suicídios por 100.000 abortos induzidos);

 

5º ) Não foi relatado nenhum suicídio de mulheres durante o período da gravidez;

 

6º ) De 13 a 41% das mulheres que abortam vêm a sofrer de depressão, angústia, desgosto, aflição e tristeza após o aborto, efeitos pós-aborto estes que podem durar muitos anos e influenciar a mulher a se suicidar.

 

Esta pesquisa chegou a importantes conclusões: 
1º) A taxa anual de suicídios após um aborto induzido é o dobro da taxa anual de suicídios  após um aborto involuntário, o triplo da taxa anual geral de suicídios e o sêxtuplo da taxa anual de suicídios após um parto!!!

 

2º) Por sua vez, a taxa anual de suicídios após um aborto involuntário é 1,5 vezes maior que a taxa anual geral de suicídios e três vezes maior que a taxa anual de suicídios após um parto!!!

 

3º) (A mais importante conclusão) O número de suicídios de mulheres que abortaram é muito maior que a média geral de suicídios e que o número de mulheres que se suicidam após um parto, devido aos terríveis efeitos psicológicos que um aborto provoca na saúde mental de uma mulher.

 

Uma outra pesquisa de uma psicóloga alemã, Dra. Mary Simon, da Clínica Ginecológica de Würzburg, Alemanha, publicada no revista Deutsche Tagepost no dia 4 de Julho de 1992, confirma a conclusão final da pesquisa do Dr. Mika Gissler.

 

A pesquisa da Dra. Mary Simon demonstrou que há sérios traumatismos psicológicos nas mulheres que fazem aborto. Sentimentos de remorso e culpa ocorrem em 60% das mulheres que abortaram. Oscilações constantes de ânimo e depressão em 30 a 40%. Choro imotivado, medo e pesadelos em 35%.

 

No total das mulheres entrevistadas 45% voltariam atrás se pudessem, pois consideraram sua decisão anterior de abortar prejudicial e equivocada. A conclusão da pesquisa da Dra. Mary Simon é categórica:

 

“O aborto não somente aniquila uma vida humana ainda não nascida, mas também arruína a psique da mulher”.

 

Ora, as três pesquisas citadas, comprovam cientificamente, que não é a gravidez indesejada, mas o aborto que leva a mulher a suicidar-se! 

 

Portanto, propor o aborto por pensar que, assim agindo, evitar-se-á que uma mulher com uma gravidez indesejada se suicide, é o mesmo que tentar apagar um incêndio usando-se gasolina ao invés de água!

 

 

19º) Por que trazer ao mundo crianças não desejadas? 
         Para sofrerem e serem maltratadas?

 

Resposta: - Porque uma gravidez não desejada não implica no fato de uma criançanão ser desejada após o nascimento!

 

O Dr. Edward Lenoski da Universidade do Sul da Califórnia, numa pesquisa feita nesta universidade americana, demonstrou, de maneira clara e eficaz, que 90% das crianças maltratadas são fruto de uma gravidez desejada!

 

Ninguém neste mundo é perfeito, aliás não vivemos num mundo perfeito; e um mundo sem pessoas não desejadas, sejam elas crianças, esposas ou velhos, seria um mundo perfeito?Não, isto é uma utopia!

 

Se começarmos a querer nos livrar das pessoas que nos são indesejáveis, estaremos iniciando um caminho que Hitler e Stálin trilharam e que os levou a criar, respectivamente, os campos de concentração e extermínio nazistas e os Gulags Siberianos.

 

O que temos de fazer é aprender a conviver e coexistir com as pessoas com as quais não simpatizamos, que nos são desagradáveis ou mesmo hostis; assim fazendo, estaremos crescendo espiritualmente e em humanidade.

 

Um alto funcionário de uma metalúrgica da Grande São Paulo declarou, em uma palestra, que a filha mais velha dele, foi concebida antes de seu casamento e portanto uma gravidez não desejada.

 

O sogro dele é um português tão conservador e bravo, que muitos da familia dele e da então noiva (atual esposa) os aconselharam a recorrer ao aborto; mas eles, felizmente, decidiram ter a criança e se casaram dois meses após o descobrimento da gravidez. A criança nasceu 5 meses após o casamento.

 

O sogro dele, ao saber do que ocorrera, ficou um ano sem falar com eles; só voltou a conversar com o casal por causa da criança que ele, o avô, começou a gostar e gostar demais. Esta menina, hoje em dia é a razão de viver do casal e dos avós. Este caso narrado, em hipótese alguma, se constitui em uma exceção. Muitos e muitos casos semelhantes a este são encontrados em qualquer parte do mundo.

            

 

20º ) A legalização do aborto diminuiria a criminalidade?
Resposta: - NÃO!!! 
Muito pelo contrário aumentaria a criminalidade!!!

A idéia de que a legalização do aborto diminui a criminalidade, veio do livro “Freakonomics”, do economista americano Steven D. Levitt, PhD. pelo MIT e professor e professor da Universidade de Chicago, ajudado pelo jornalista Stephen J. Dubner e pelo professor John J. Donohue III da Universidade de Stanford.

 

Freakonomics pode ser traduzido por “Economia Excêntrica”!!! Segundo Levitt, a taxa da criminalidade nos EUA teriam começado a cair cerca de 18 a 20 anos depois da infame decisão da Suprema Corte Norte-Americana, no caso Roe x Wade, que legalizou o aborto nos EUA, em 1973, até o nono mês de gestação!!! Isto é um absurdo, pois segundo o FBI, a taxa de criminalidade nos EUA, em 1993, foi 3,6 vezes maior que em 1984!!!

 

Podemos chamar isto de diminuição de criminalidade??? E o que dizer das gangues de rua nos EUA??? Elas começaram a existir muito depois de 1973 e tiveram um crescimento exponencial nos anos 80!!! Também podemos chamar isto de diminuição de criminalidade??? E o tráfico de drogas??? O consumo de entorpecentes nos EUA começou nos anos 60, com o movimento Hippie e de lá para os dias atuais, este consumo só tem aumentado!!! Se a tese de Levitt o consumo de drogas nos EUA teria diminuído significamente nos EUA!!! O que não ocorreu!!!

 

Aliás, nos Estados Norte americanos onde é alto o número de abortos, como Nova York e a Califórnia, também são altos o consumo de narcóticos e a taxa da criminalidade!!! Levitt, em Freakonomics, chega ao cumulo do absurdo de declarar que a diminuição da criminalidade em Nova York, nos anos 90, não foi obra do plano “Tolerância Zero”, do então Prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, mas sim, da legalização do aborto pasmem!!!, pois com o aborto, deixaram de nascer boa parte filhos de moças solteiras, em muitos casos prostituídas ou drogadas, que nasceriam com a carreira do crime à sua frente!!!

 

Aqui há uma questão de lógica, se nos anos 90, do então Prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani elaborou o plano “Tolerância Zero”, foi porque a criminalidade em Nova York estava chegando a um patamar altíssimo e se isto estava ocorrendo como se pode falar que ela estava diminuindo??? Isto é a inversão, ou melhor, a negação da lógica!!!

       

A tese de Levitt é sutilmente racista e eugenista, pois se baseia no fato de que, nos EUA, anualmente, mais de 67% dos abortos são feitos por mulheres negras, mais ou menos 20% dos abortos são feitos por mulheres latino-americanas, mais ou menos 10% dos abortos são feitos por mulheres orientais e mais ou menos 3% dos abortos são feitos por mulheres brancas, das quais menos de 1% pertencem à classe WASP!!!

 

WASP é a sigla de White, Anglo-Saxon and Protestant, que traduzindo significa Branco Anglo-Saxão e Protestante, que é a base da Cultura Norte-Americana!!! Se a maior parte dos abortos fosse feita por mulheres brancas da classe WASP, certamente o aborto nos EUA já teria sido criminalizado há muito tempo!!! Contudo a população Norte-Americana está crescendo, principalmente a que pertence à classe WASP!!!

       

No pensamento racista e eugenista Norte-Americano, os negros são criminosos em potencial e o declínio das taxas de crescimento da população negra significa o declínio das taxas de criminalidade!!! É importante salientar, que, mesmo que o Sr. Levitt não tivesse intenções racistas no seu livro (o que não é verdade), só pelo simples fato de declarar que com o aborto, deixaram de nascer boa parte filhos de moças solteiras, em muitos casos prostituídas ou drogadas, que nasceriam com a carreira do crime à sua frente, já indica uma posição radicalmente eugenista!!!

 

O Sr. Levitt é daqueles economistas americanos que são radicalmente Neo-Liberais, daqueles que acham que para se acabar com a pobreza e a criminalidade, deve-se matar os pobres!!!

 

De tempos em tempos surge um pseudo-intelectual norte-americano defendendo uma tese racista, o que é o caso Sr. Levitt em Freakonomics, de 2005, como foi o caso do livro “The Bell Curve” (A Curva do Sino ou A Curva Normal), de 1994, de autoria do psicólogo Charles Murray e do sociólogo Richard Herrnstein.

 

Neste livro, após estudarem vários testes de QI entre brancos e negros, os Srs. Charles Murray e Richard Herrnstein deduziram que os brancos são muito mais inteligentes que os negros, dando assim vazão a uma série de interpretações racistas, entre as quais aquela que diz que por serem menos inteligentes, o governo não deveria financiar a educação dos negros, pois eles não iriam aprender, e seria dinheiro, tempo e energia gastos em vão!!!

       

Com isto podemos concluir que Freakonomics é igual A Curva do Sino, com a única diferença de que o primeiro é sutilmente racista e o segundo declarada mente racista!!!

 

Como foi escrito no início deste artigo, o aborto não diminui a criminalidade, pelo contrário, a aumenta, pois, como dizia Madre Tereza de Calcutá, se damos o direito de uma mulher matar o seu próprio filho, com que moral podemos questionar os assassinatos que ocorrem diariamente? Além disso, o aborto leva ao relaxamento e ao relativismo moral, que sempre atuam no aumento da criminalidade!!!

 

O aborto é inadmissível em qualquer circunstância!!!

O aborto é crime e como tal deve ser tratado!!!

 

Não é o aborto que vai diminuir a criminalidade, mas sim a educação, a fé e os valores religiosos!!!

 

Numa sociedade verdadeiramente cristã, o crime é algo raro!!! Infelizmente a fé e os valores religiosos cristãos são muitos atacados ultimamente, e é a ausência da fé, e destes valores religiosos cristãos, que são os verdadeiros motivos do aumento da criminalidade!!!

 

site: www.abortonao.com.br/