Santíssima Trindade - Creio

 

Objetivos

Levar os catequizandos a refletirem sobre este grande mistério da nossa fé permitindo-lhes maior compreensão acerca do mistério do Deus Vivo.

Reconhecer na vida a presença do Espírito Santo, que anima e conduz as comunidades.

Preparação para

o encontro

Bíblia, colher, jarro p/ suco, água, pó de um suco, açúcar

Acolhida

Oração Inicial: Invocação da Santíssima Trindade (pode ser cantada)

Hoje, vamos falar sobre o mistério da santíssima Trindade, na qual adoramos o PAI que nos criou e nos deu a vida, o FILHO que nos trouxe a salvação e o ESPÍRITO SANTO que anima, fortalece e conduz a nossa vida.

 

Ver

Sempre iniciamos nossos encontros dizendo: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém

Mas por que fazemos isso?

Ensinar que quando fazemos o sinal da cruz lembramos as Três Pessoas da Santíssima Trindade.

Quem é Deus?

E por que Santíssima Trindade?

 

Vamos entender melhor...

Dinâmica

Material: jarro p/ suco, água, pó de um suco, açúcar.

água = Pai

pó de suco = Filho

açúcar = Espírito Santo

Misturar os tres: 

ÁGUA       PÓ                 AÇÚCAR           =                SUCO

 (PAI)    (FILHO)     (ESPÍRITO SANTO)    = (SANTÍSSIMA TRINDADE)

Dar um tempo para as crianças refletirem.

O que vocês entenderam desta dinâmica?

Assim como o suco comtem três elementos: água, pó e açúcar; a Santíssima Trindade se revela em tres pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Iluminar

Então quem é Deus?

Deus é um só em três pessoas. Ele é PAI e FILHO e ESPÍRITO SANTO.

É um Deus UNO e TRINO. É modelo de amor e de família a ser seguido pela humanidade.

Esse mistério não cabe em nossa razão, mas deve ser reverenciado e amado.

Nós chamamos esse mistério de Santíssima Trindade.

Pai - Criador - 1ª Pessoa da Santíssima Trindade

Deus é Amor. Em cada parte desse mundo maravilhoso que Deus criou, nós podemos ver o Amor infinito que Ele tem por cada um de nós. Quando nos criou, Deus nos fez a sua imagem e semelhança e nos encheu de dons. Desde o Primeiro Testamento, através dos profetas, Deus se revelou aos homens e se mostrou um Deus presente, que cuida de seu povo.

Filho - Salvador - 2ª Pessoa da Santíssima Trindade

Jesus Cristo é a revelação máxima de Deus, que por nos amar tanto, quis ficar bem perto de nós e tornou-se homem. Jesus nos ensinou que Ele é o único caminho que leva a Deus. Amou-nos a tal ponto que aceitou morrer na cruz para nos salvar. Mas ressuscitou e está vivo e presente no nosso meio!

Espírito Santo - Santificador - 3ª Pessoa da Santíssima Trindade

Jesus não quis nos deixar sozinhos, Ele sabia que quando subisse ao céu os discípulos iriam ficar tristes e se sentindo abandonados, mas todas as coisas bonitas que Ele ensinou não podiam ser esquecidas. Por isso Jesus prometeu que o Espírito Santo viria para ser nossa luz. E o Espírito Santo veio para nos dar força, coragem e alegria.

Assim é nosso Deus. Um só. Ele nos dá o exemplo de perfeita união, nos ensinando.

 

Ensinar a rezar o Creio.

O Credo é a nossa “Profissão de Fé”. Cada vez que o rezamos expressamos de modo sintético e transmitimos a fé. São verdades de fé que devemos rezar com o coração e a alma, e não simplesmente pronunciá-las com os lábios.

 No Credo proclamamos que há um só Deus verdadeiro, Uno e Trino, Puro Espírito e Ser perfeito, Criador e Senhor do céu e da terra. É o Senhor, “Aquele que é”. Javé é o Seu Nome (cf. Ex 3,15). Deus é a plenitude do ser e de toda a perfeição.

Crer em Deus significa ter fé em tudo àquilo que Ele nos revelou e a Igreja Católica nos ensina com obrigação de crer. Crer não é facultativo para o ser humano, mas obrigatório, necessário, e a fé deve ser defendida contra os perigos e cultivada continuamente. O que mais acrescenta à fé, ademais da prática religiosa inteligente, é a leitura dos bons livros, e o que mais a compromete é a leitura dos livros maus e a vida desregrada.

Assim, professamos a nossa fé na Santíssima Trindade. A fé é a resposta que o ser humano dá ao amor que Deus tem pela humanidade. Deus é o Ser espiritual eterno que transcende o mundo e a história, sempre pronto a perdoar, basta que nos arrependamos e peçamos-Lhe perdão. O Senhor também é o Ser transcendente, onipotente, pessoal e perfeito: Ele é a Verdade e o Amor.

Agir

Rezar o creio durante a semana.

Celebrar

Vamos rezar a Oração do Glória:

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre. Amém!

 

 


APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA

 

O Símbolo de Santo Atanásio

 

Quem quer salvar-se deve, antes de tudo, professar a fé católica.

Pois se alguém a não professar, integral e inviolavelmente, é certo que se perderá por toda a eternidade.

A fé católica consiste, porém, em venerar um só Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, sem confundir as pessoas nem separar a substância; pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo;

Mas uma é a divindade, igual a glória, co-eterna a majestade do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Qual o Pai, tal o Filho, tal o Espírito Santo;

incriado é o Pai, incriado o Filho, incriado o Espírito Santo;

imenso é o Pai, imenso o Filho, imenso o Espírito Santo;

eterno é o Pai, eterno o Filho, eterno e Espírito Santo;

e, no entanto, não há três eternos, mas um só eterno; como não há três incriados nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso;

assim também o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente; e no entanto não há três onipotentes, mas um só onipotente.

Como o Pai é Deus, assim o Filho é Deus, [e] o Espírito Santo é Deus; e no entanto não há três deuses, mas um só Deus.

Como o Pai é Senhor, assim o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor; e no entanto não há três senhores, mas um só Senhor.

Porquanto, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada pessoa, tomada separadamente, é Deus e Senhor, assim também nos proíbe a religião católica dizer que são três deuses ou três senhores

O Pai não foi feito por ninguém, nem criado, nem gerado;

O Filho é só do Pai; não feito, não criado, mas gerado.

O Espírito Santo é do Pai e do Filho; não feito, não criado, não gerado, mas procedente.

Há, pois, um só Pai, não três pais; um só Filho, não três filhos; um só Espírito Santo, não três espíritos santos.

 

APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA

No evangelho de Marcos, como no evangelho de Lucas, a missão confiada por Jesus Ressuscitado tem um alcance universal: "Ide por todo o Mundo e proclamai a Boa Nova a toda a criatura" (Mc 16, 15-16).

Mateus relata estas palavras de Jesus no seu último encontro com os discípulos reunidos: "Ide! Fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo o que eu vos ensinei. E eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos" (Mt 28, 19- 20).

Esta fórmula do Batismo supõe a reflexão da Igreja sobre o que disse Jesus do Pai e do Espírito Santo, sobre a revelação que Ele fez progressivamente sobre Deus, que é Trindade. Foi com o decorrer dos tempos que o Batismo, em nome de Jesus, se tornou Batismo em nome da Trindade.

Na época em que o texto do Evangelho de Mateus foi redigido, era uso litúrgico batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

O que é verdadeiramente original, é a palavra com que termina o evangelho de Mateus (28,20). "Eu estou convosco, diz Jesus, todos os dias, até o fim dos tempos".

Jesus declara que a sua presença é permanente.

Mateus desde o princípio de seu evangelho vem dizendo que Jesus é o "Emanuel" quer dizer "Deus conosco" (1,23). Presença de Deus Pai, Deus Filho e de Deus Espírito Santo.

"A Trindade é una, quer dizer: há um só Deus. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: a Trindade. As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: o Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus quanto à natureza. Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina" (CIC 253).

Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do Catequista, Paulus, 2003 – p. 274-275.