10º artigo (Creio): Na remissão dos pecados
Confissão (parábola do filho pródigo)
Objetivos Confrontar as pessoas com a possibilidade de serem como o filho mais novo, ou o filho pródigo;ou serem como o filho mais velho, ou seja, meramente religiosas; Apresentar o verdadeiro caráter de Deus, o seu amor e sua misericórdia (pai misericordioso).
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Preparação para o encontro Bíblias; |
Acolhida Oração Inicial: Pai Nosso
O mistério glorioso da ressurreição de Jesus traz ao mundo o presente excepcional da paz - a saudação do ressuscitado a seus discípulos -, e o perdão dos pecados que Cristo anuncia e outorga aos Apóstolos no mesmo dia da ressurreição. São como as duas faces da mesma moeda: o perdão que gera a paz e a paz que brota do perdão dos pecados. O perdão dos pecados marca a missão de Cristo no mundo, pois como diz São Paulo: "se entregou por nossos pecados e ressuscitou por nossa justificação" (Romanos 4,25), com o resultado da paz que nos consegue, porque "Ele é a nossa paz" (Efésios 2,14). Jesus significa Salvador: vem salvar o povo de seus pecados. Em consonância com esta missão, o Senhor tinha exercido sua misericórdia com os pecadores, mas era imprescindível que tal poder se concedesse aos homens. Por isso quis comunicá-lo a sua Igreja, e na aparição da tarde da ressurreição disse aos Apóstolos: "Recebei o Espírito Santo: a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados" (João 20,23). Na Igreja, portanto, existe o perdão dos pecados em virtude de uma condescendência infinita de Deus para com a humanidade. O Símbolo dos Apóstolos professa a fé no perdão dos pecados: "Creio... no perdão dos pecados", que no símbolo niceno-constantinopolitano se explícita dizendo: "Confesso que há um só batismo, para a remissão dos pecados". Mais adiante se explicitará o papel do batismo na remissão do pecado e também o do sacramento da penitência.
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Ver Vocês conhecem alguém que saiu de casa porque não queria morar mais com seus pais? Qual seria o motivo?
Ler Lucas 15, 11-32. Com qual dos três personagens da parábola você se identifica? Por quê?
Uma das páginas mais comovedoras do Evangelho é a parábola do filho pródigo, que retrata a conduta de um filho ingrato para com seu pai. Eram dois irmãos e o menor decide abandonar a casa; depois de pedir sua parte na herança, foi-se embora para um país longínquo onde gastou tudo, levando uma vida má. Então, teve que por-se a cuidar de porcos para poder viver, até que um dia sentiu vergonha de sua situação e decidiu voltar para casa, e pedir perdão a seu pai: "Pai, pequei contra o céu e contra ti" (Lucas 15,18). O pai, que o esperava, quando viu que se aproximava, saiu a seu encontro, abraçou-o e o beijou. E foi tão grande sua alegria que ordenou aos criados que preparassem um banquete e uma grande festa para celebrar a volta do filho mais novo. Esta parábola pode nos ajudar a entender o sacramento da Penitência, que é o sacramento da misericórdia de Deus.
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Iluminar QUANDO PECO ° Perco a harmonia do meu ser; QUANDO CELEBRO O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO ° Reencontro a paz interior;
PASSOS DO SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO Uma boa confissão requer uma verdadeira conversão. a) Contrição: é a dor da alma e a detestação do pecado cometido tende o propósito de não pecar mais. (Hb 1,1; Cl 1,19; Ef 1,23...)
A Igreja pode perdoar os pecados, em nome de Jesus Não há nenhum pecado, por grave que seja, que a Igreja não possa perdoar. Cristo nos remiu do pecado oferecendo sua vida pela humanidade e quis que na Igreja estivessem abertas as portas do perdão a quem se arrepende de seus pecados. Na Igreja, o poder de perdoar os pecados pelo sacramento da penitência, possuem unicamente os que receberam a potestade sacerdotal no Sacramento da Ordem, a saber: os bispos e os presbíteros (os padres).
Temos de agradecer este dom de Cristo a sua Igreja Que fácil fica dar graças a Deus por ter dado a sua Igreja o poder de perdoar os pecados! São João Crisóstomo dizia: "Os sacerdotes receberam um poder que Deus não deu nem aos anjos, nem aos arcanjos... Deus sanciona lá no alto tudo o que os sacerdotes façam aqui embaixo". E Santo Agostinho: "Se na Igreja não houvesse remissão dos pecados, não existiria nenhuma esperança, nenhuma expectativa de uma vida eterna e de uma libertação eterna. Demos graças a Deus que deu à Igreja semelhante dom".
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Agir Propósitos de vida cristã · Buscar com freqüência, e bem arrependidos, o sacramento da penitência. · Dar muitas graças a Deus pelo imenso dom de Cristo a sua Igreja: a missão e o poder de perdoar verdadeiramente os pecados.
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Celebrar Oração final: Ato de Contrição
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na remissão dos pecados,
> Jesus deu a Pedro as ‘chaves’ do céu, tendo o direito de ligar aos céus ou à terra (Mt 16, 19). O que Pedro e os demais apóstolos ligassem aos céus, Jesus confirmaria.
> O pecado é aquilo que desconecta o homem do Criador. Os apóstolos – do qual o clero hoje assume a função e descendência ao renunciarem suas vidas e seguir o Cristo – são quem têm o poder de desligar ou ligar aos céus (Sacramento da Confissão).
> Referência: Jô 20, 22-23
CONFISSÃO- IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Os sacramentos de cura
Estudamos os sacramentos da iniciação cristã: o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, que outorgam a vida nova em Cristo. Mas, apesar de tantas graças, o ser humano é débil, pode pecar e carrega consigo as misérias do pecado. Cristo quis que na Igreja existisse um remédio para estas necessidades, e nós podemos encontrá-lo nos sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos, chamados sacramentos de cura, porque curam a debilidade e perdoam os pecados.
2. Para salvar-se, é preciso que nos arrependamos dos pecados
Não existe possibilidade de salvação sem o arrependimento dos pecados, que é absolutamente necessário para aquele que ofendeu a Deus. É o que nos diz Nosso Senhor Jesus Cristo: "Se não fizerdes penitência, todos, igualmente, perecereis" (Lucas 13,3). Antes da vinda de Jesus Cristo, a humanidade não tinha nenhuma segurança de poder ter obtido o perdão de seus pecados. A segurança foi-nos trazida por Jesus, que pode dizer: "Teus pecados te são perdoados" (Mateus 9,2).
3. A instituição do sacramento da Penitência, para o perdão dos pecados
Na tarde do domingo da Ressurreição, Jesus Cristo instituiu o sacramento da Penitência, ao dizer a seus discípulos: "Recebei o Espírito Santo; aqueles a quem lhes perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos" (João 20,22-23). Instituiu este sacramento como um juízo, mas juízo de misericórdia, para que os Apóstolos e seus legítimos sucessores pudessem perdoar os pecados. "Olha que entranha de misericórdia tem a justiça de Deus! - Porque nos juízos humanos, se castiga aquele que confessa sua culpa: e no divino, se perdoa. Este sacramento é denominado também sacramento da conversão, da reconciliação, ou confissão.
4. É o mesmo Jesus Cristo, por meio do sacerdote, quem absolve
Só os sacerdotes - com potestade de ordem e a faculdade de exercê-la - que podem perdoar os pecados, pois Jesus Cristo deu o poder só a eles. Não se obtém o perdão, portanto, dizendo os pecados a um amigo, ou diretamente a Deus. Além disso, no momento da absolvição é Cristo mesmo quem absolve e perdoa os pecados por meio do sacerdote, já que o pecado é ofensa a Deus e só Deus pode perdoá-lo. O sacerdote deve guardar - sob obrigação gravíssima - o sigilo sacramental.
5. Efeitos deste sacramento
Os efeitos deste sacramento são realmente maravilhosos:
· a reconciliação com Deus, perdoando o pecado para recuperar a graça santificante;
· a reconciliação com a Igreja;
· a remissão da pena eterna contraída pelos pecados mortais e das penas temporais -ao menos em parte - segundo as disposições;
· a paz e a serenidade de consciência, com um profundo consolo do espírito;
· os auxílios espirituais para o combate cristão, evitando as recaídas no pecado.
6. Necessidade da Penitência
O sacramento da Penitência é completamente necessário para aqueles que, depois do batismo, cometeram pecado mortal. A Igreja ensina que existe a obrigação de confessar os pecados mortais ao menos uma vez por ano, em perigo de morte e quando se for comungar. Mas uma coisa é a obrigação e outra muito diferente é aquilo que convém fazer quando se quer que aumente nosso amor a Deus. Não existe a obrigação, por exemplo, de se beijar nossa mãe, nem a de cumprimentar nossos amigos, nem de comer todos os dias..., mas qualquer pessoa normal faz estas coisas. Se quisermos progredir no amor a Deus, devemos nos confessar freqüentemente, e nos confessar bem.
7. Conveniência da confissão freqüente
A Igreja recomenda vivamente a prática da confissão freqüente, não só dos pecados mortais - que devem ser confessados imediatamente - mas também dos pecados veniais. Desta maneira, aumenta-se o conhecimento de si mesmo; cresce-se na humildade; desenraizam-se os maus costumes; faz-se frente à tibieza e à preguiça espiritual; purifica-se e se forma a própria consciência; ajuda-se a crescer na vida interior, e aumenta a graça em virtude do sacramento. Para crescer no amor a Deus é muito conveniente ter em muita estima a confissão: confessar-se com freqüência e bem.
A Parábola do Filho Pródigo no oferece as seguintes as seguintes lições;
• Podemos ser como o filho mais novo, com o coração endurecido e insensível a Deus, focados em nossos desejos e ambições, ansiando desfrutar a vida à nossa maneira e vendo Deus como uma necessidade e uma barreira quanto a isso. Uma necessidade por causa das bênçãos que ele pode nos dar; uma barreira por causa dos limites que a sua vontade nos coloca;
• Como o filho mais novo, podemos estar vivendo de maneira irresponsável e auto-destruidora, desperdiçando as nossas vidas e os nossos recursos;
• Como o filho mais novo, podemos estar no fundo do poço, em grande necessidade, humilhação e sofrimento;
• Como o filho mais novo, podemos “cair em nós”, decidindo voltar para Deus e confessar a ele os nossos pecados;
• Deus, muitas vezes, não age conforme as nossas expectativas, mas, sim, nos surpreende positivamente;
• Deus não nos força a ficar com Ele, mas nos dá a liberdade de nos afastarmos e aproximarmos conforme a nossa vontade;
• Quando decidimos voltar para Deus, apesar dos nossos pecados, Ele nos recebe com amor e alegria, restaurando a nossa identidade e dignidade de filhos;
• Podemos ser como o irmão mais velho, rejeitando e acusando aqueles que voltam para Deus após terem cometido muitos e graves pecados e estarem sofrendo as conseqüências negativas disso;
• Como o irmão mais velho, podemos estar na “casa do pai”, mas não sermos filhos, não o conhecendo verdadeiramente, nem desfrutando de seu amor. Podemos ser meramente religiosos.
Por fim, lance os seguintes desafios práticos:
• Se você é como o irmão mais novo, caia em si e decida voltar para Deus e confessar a ele os seus pecados;
• Se você é como o irmão mais velho, decida abandonar a religiosidade, conhecer a Deus verdadeiramente e desfrutar de seu amor. Caia também em si e, como o irmão mais novo, decida voltar para Deus e confessar a ele os seus pecados.
Reflexão- Os esquimós
Use uma faca grande, bem afiada para contar esta história.
“Os esquimós utilizam um artifício terrível, mas eficaz, para matar os lobos que destroem suas armadilhas e matam seus cães. Primeiro, o esquimó prepara uma faca muito afiada com sangue de animal e espera congelar. Depois, ele cobre a faca com mais uma camada de sangue, e mais outra, até que a lâmina fique completamente escondida debaixo do sangue congelado. A seguir, o caçador enterra a faca no chão com a lâmina para cima. Quando o lobo sente o cheiro de sangue, por ter um olfato muito sensível, ele ‘morde a isca’ e começa a lamber o sangue congelado. Quanto mais ele lambe o sangue, mais vontade tem de lamber, até que começa a lamber a própria lâmina. O lobo tem uma sede tão grande de sangue que não percebe quando a lâmina corta sua língua nem que está lambendo seu próprio sangue. Essa voracidade por sangue faz com que ele sangre até morrer. Finalmente, o esquimó o encontra morto, vítima de seu próprio apetite.” — Maria Emília de Oliveira, Trad. Pequeno devocional para homens.
De maneira semelhante, nossos pecados podem nos destruir. Daí a importância do arrependimento e da confissão genuína. Deus oferece o perdão. Cabe a cada ser humano aceitar essa oferta de graça, reconhecer seu pecado e entregar-se completamente nas mãos de Deus.