Quem é o ser humano a luz da fé

 

5º Encontro – Quem é o ser humano a luz da fé

 

Objetivos

Mostrar que a graça da Salvação nos torna filhos  amados de Deus. Que os catequizandos compreendam que, além da identificação com as outras criaturas, o ser humano tem em seu interior a presença especial de Deus.

 

Preparação para

o encontro

Ambientar a sala com imagens de criaturas, ou mesmo plantas e algum animal vivo mais dócil com seu alimento. Uma figura humana, colocar uma vela e uma Bíblia.

 

Acolhida

• Oração Inicial: Vinde Espírito Santo...

 

Ver

Em que somos diferentes?

“Quando criança me perguntava quem somos e do que somos feitos. Não conseguia compreender direito minha vida, principalmente quando me abordavam sobre minha descendência. Isso me deixava embaralhada, pois eu tinha pai, mãe, tios, tias, primos, etc. Isso era complexo para relacionar em uma cabeça infantil. Mas, além de todo parentesco, o que seria a descendência? Então, lembro-me de ter participado da missa em que o padre fazia referência sobre nossa imagem e semelhança com Deus, e daí fui compreendendo o que era descendência.

A partir daquele momento passei a me orgulhar de minha descendência, principalmente por minha herança afetiva , moral e espiritual que recebi de meus pais e avós. Além disso, percebi que o Criador me presenteou com algo muito especial, que vai além da vida biológica, o dom de sermos seus filhos, prediletos dentre as criaturas (Gn 1, 26-31)

Sem descartar exemplos e modelos ensinados por meus pais e avós, compreendi que muitas das ações foram sementes de gerações anteriores à minha com princípios morais e cristãos.

(Texto de autoria de Fernanda G. Oleinki Bordignon, 2008)

 

O que nos torna diferentes de todas as criaturas?

A diferença está na dimensão espiritual do homem. Nenhum dos seres sente o desejo e nem reconhece o criador. Um animal é guiado por seus instintos (alimentação, defesa, reprodução...) e nada mais. Uma pessoa humana, também tem instintos. Mas, vai além. Ela continua a buscar algo mais: quer saber cada vez mais sobre si mesma, sobre o sentido da sua existência. Nesta busca chega até o seu criador.

O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem foi criado por Deus e para Deus.

 

• LEITURA de Ef. 1, 1-14

Pedir para cada um ler um versículo na seqüência.

Refletir o conteúdo do encontro e o texto bíblico.

 

Falar ao catequizando que cada pessoa é muito importante ao coração de Deus, pois, somos de fato filhos adotivos de Deus, pela graça da redenção em Cristo. Por meio de Jesus Cristo somos abençoados por Deus. Somos escolhidos para a nobreza, como filhos prediletos de Deus. Antes de sermos criados, fomos escolhidos por Deus – por isso não é a matéria que determina o que somos, mas os dons espirituais. Jesus é o modelo de pessoa perfeita – nossa missão é procurar imitá-lo.

Deus nos alimenta com a sua graça e riqueza.

Assim, Deus sempre olhou para nós com esse amor que nos salva, levando-nos a fazer parte da família divina e herdamos, por essa graça, as maravilhas do Pai e do seu Reino, segundo o qual na Igreja pelos sacramentos, em especial, pelo sacramento do Batismo, Ele nos comunica uma  vida divina, dando a ela um novo sentido em Deus.

Somos filhos de Deus e membros do Corpo de Cristo (a Igreja).

 

Iluminar

Converse, a partir das figuras proposta no ambiente, em que somos diferentes?

Fisicamente sabemos e vemos que somos diferentes. Quanto ao código genético, a natureza física, somos parecidos com o restante dos seres criados. Fazer comparações: quais são nossas necessidades fisiológicas – do que precisamos para viver?

Quase tudo nos liga à natureza – “somos formados do barro, da argila da terra” (Gn 2, 7)

Somos criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26)

Essa diferença está no “sopro da vida” (Gn 2, 7)

 

ACRÓSTICO: Cada catequizando irá escrever o seu nome em pé numa folha e para cada letra do nome irá escrever algo de que precisa de Deus. Ao fundo pode ter uma música como fonte incentivadora para a atividade.

 

Agir

Reunir a turma e escolher uma ação para ajudar as pessoas a reconhecerem o que significa ser filho de Deus.

 

Celebrar

Que tal agradecer a Deus o dom da vida. Ainda mais agradecer o dom da vida espiritual. Somos criados de um modo especial para viver de forma especial.

Vamos rezar o salmo 8 – Hino ao criador do homem.

 

Leia em voz baixa... 
Senhor Jesus : 
Perdoa meus pecados. 
Amo-te muito, te necessito sempre, estás no mais profundo de meu coração, cobre  com tua luz  preciosa a minha família, minha casa, meu lugar, meus sonhos, meus projetos e a meus amigos'. 

 

 


MAIS UM POUQUINHO

 

Cada vez mais a ciência procura desvendar os mistérios do ser humano. A cada nova descoberta surgem novas perguntas. E as novas respostas suscitam ainda outros questionamentos. Os estudos avançam sempre, surpreendem, e parece que após tantas conquistas o homem ainda está à procura de si mesmo. Há uma espécie de desejo de infinito que sempre impulsiona o ser humano: quer saber mais de si próprio e da

realidade que o circunda, quer se entender, quer suplantar o que o limita ou o golpeia. Eis aí o nobre e sublime papel da ciência. Sem ela o homem jamais será capaz de cumprir o mandato do Criador que o quer soberano e protetor do mundo criado.

Todavia, a ciência não é um fim em si mesma. Está a serviço do ser humano. E não se respondem aos anseios humanos mais profundos somente com saber e com pesquisa. Há dimensões profundas da nossa existência que não se esgotam em explicações científicas. Jamais o homem se compreenderá suficientemente baseando-se somente em teorizações ou investigações experimentais. Aliás, quando a razão e a ciência excluem o dado da fé, já advertia o Papa João Paulo II, pode acontecer de o ser humano se ver “ameaçado por aquilo mesmo que produz, ou seja, pelo resultado do trabalho das suas mãos e, ainda mais, pelo resultado do trabalho da sua inteligência e das tendências da sua vontade” (Fides et Ratio 47).

O ser humano é por excelência o centro do mundo criado. Segundo a interpretação do homem bíblico, a intenção de Deus ao chamar o universo à existência era prover um lugar adequado para nele colocar a sua mais elevada criatura: o ser humano. Por isso “criou” primeiro a luz (Gn 1, 3), depois o firmamento (1, 6), em seguida a terra (1, 10), os seres vivos (1, 11-24). Então sim estaria pronto o grande lar para o ser humano, portador da imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26-27).

Há diferentes caminhos para se perceber a presença de Deus:

A harmonia da criação visível naquilo que constitui o equilíbrio da natureza – a beleza que existe nas criaturas revelam a ação de Deus criador.

No coração humano existe o sentimento da presença de Deus – essa experiência é possível de ser sentida, percebida.

A primeira forma de perceber a presença de Deus é pela contemplação da natureza. É o olhar para fora, para a criação, observando a harmonia, o equilíbrio, a beleza.

A segunda é o caminho da mística, da espiritualidade cristã. É o olhar para dentro de si, cultivar a vida espiritual por meio da intimidade com o Senhor Deus, especialmente pela oração e pelos gestos concretos de solidariedade para com as pessoas.

Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. V, Ed. Vozes, p. 27, 2008 

 

Quem é Você?

 

Que é o homem, para que com ele Te importes? E o Filho do homem, para que com ele Te preocupes? Salmo 8:4


Tempo começa, tempo termina, vira ano, vira século e continuamos fazendo as mesmas perguntas: “Quem sou eu, de onde vim, para onde vou, por que estou aqui?” E agora, outra pergunta mais recente: “Eles sabem que eu estou aqui?”
Anthony Campolo conta a história do que aconteceu com um grupo de 200 franceses que, após a Segunda Guerra, voltaram a Paris sofrendo de amnésia. Tinham sido tão maltratados nos campos de concentração que perderam a consciência de quem eram e de onde tinham vindo.
Com a ajuda da Cruz Vermelha e de alguns dos colegas de prisão, a identidade de 170 deles foi recuperada. Mas havia 30 homens cuja identidade parecia impossível de se encontrar. Os médicos que tratavam desses homens disseram que, a menos que amigos ou familiares os identificassem, a oportunidade de recuperação seria nula.
Alguém deu a idéia de colocar a fotografia dos homens na primeira página dos principais jornais do país. Mencionava-se que, se alguém conhecesse algum deles, deveria comparecer à Ópera de Paris em determinado dia e hora para vê-los e ajudar a encontrar sua identidade.
No dia estabelecido, uma multidão se reuniu para ver os veteranos de guerra. De maneira espirituosa, o primeiro homem vítima de amnésia subiu ao palco da ópera parisiense. Sob um forte refletor, deu lentamente uma volta de 360 graus e, diante da multidão silenciosa, perguntou: “Alguém de vocês sabe quem sou?” Felizmente, o plano funcionou. Todos eles foram identificados.
Quando alguém nos pergunta quem somos, a primeira coisa que mencionamos é nosso nome. Se há tempo, falamos de nosso trabalho porque acreditamos que aquilo que fazemos determina nossa identidade. Ou então mencionamos aqueles com quem nos relacionamos: jogo no time de basquete, toco na orquestra, canto no coral, etc.

Há alguém que esteja silenciosamente se perguntando “quem sou eu”?
Uma das melhores maneiras de descobrir nossa verdadeira identidade é perceber quem somos em Cristo: Sou “o sal da terra” e “a luz do mundo” (Mt 5:13, 14). Sou “filho de Deus” (Jo 1:12). Fui escolhido para sair e dar fruto (Jo 15:16). Sou “co-herdeiro com Cristo” (Rm 8:17). Sou “nova criação” (2Co 5:17). “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13).

 

O FIM DO HOMEM NESTA TERRA: DAR GLÓRIA A DEUS, CONHECÊ-LO E AMÁ-LO

 

INTRODUÇÃO:

Ao nascer formamos parte de uma família que nos dá o nome e sobrenome; nesta família nascemos, crescemos e desenvolvemos nossas capacidades naturais. O Batismo produz em nós um segundo nascimento - esta vez para a vida sobrenatural da graça -, que nos faz cristãos e nos introduz na grande família da Igreja. Nós, batizados somos e nos chamamos cristãos. É este o nosso nome. Como os primeiros discípulos de Cristo: Pedro, Tiago, João..., também nós somos discípulos do Senhor.

Do mesmo modo que estamos orgulhosos de pertencer a nossa família, onde aprendemos muitas coisas, temos de estar também orgulhosos por pertencer à família da Igreja. A Igreja nos ensina também muitas coisas, que, na verdade, são as mais importantes, as únicas verdadeiramente importantes.

 

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Para que estamos na terra

Existem pessoas que se perguntam para que estão nesta terra, porque nasceram, e não tiveram ninguém que lhes explicasse. Os cristãos - seguidores de Jesus Cristo - temos a sorte de conhecer estas coisas. Jesus Cristo as pregou e a Igreja as ensina. A doutrina de Jesus Cristo, ou Doutrina Cristã, dá a resposta a estas perguntas fundamentais. E as perguntas fundamentais que nós homens fazemos são: de onde venho, quem sou eu, para onde vou.

2. De onde viemos

A doutrina cristã diz que Deus criou livremente o homem para que participe de Sua vida bem aventurada, quer dizer, Sua mesma felicidade. Cada homem foi criado por Deus, com a cooperação de seus pais. Por isto, à pergunta de onde viemos, respondemos: viemos de Deus.

3. Quem somos

Deus não só criou o homem, mas está junto dele em todo tempo e lugar. Deus o chama e o ajuda a encontrá-Lo, quer que O conheça e O ame. Sabemos que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, e pelo batismo, nós cristãos somos feitos filhos adotivos de Deus, herdeiros de Sua glória. Portanto, se nos perguntam quem somos, a resposta é clara: sou filho de Deus.

4. Para onde vamos

Deus criou o homem para manifestar e comunicar Sua bondade e amor, de forma que possa conhecê-Lo e amá-Lo cada dia mais, e assim O sirva livremente nesta vida, gozando depois com Ele para sempre no céu. Deus quer que sejamos felizes aqui na terra e depois eternamente com Ele no céu. Se nos perguntam a nós, cristãos, para onde vamos, a resposta também é clara: para o céu. Se não conseguirmos esta meta, nossa vida será um fracasso.

5. Para que existe o homem

Agora podemos responder de modo mais explícito a esta pergunta que deve fazer a si mesmo todo homem: para que eu existo? E temos que dizer de modo absoluto: para dar glória a Deus, quer dizer, para manifestar a bondade e o amor do Criador. Deus não tem outra razão para criar. O homem é objeto do amor de Deus, e responde a Deus amando-O. Nisto está a felicidade do homem.

6. Devemos conhecer a doutrina cristã

Devemos conhecer os ensinamentos de Jesus Cristo, já que é nosso Deus, nosso Mestre, nosso Modelo. Seus ensinamentos nos mostram o caminho para conhecer e amar a Deus, para ser felizes nesta terra e depois eternamente na outra.

7. Partes principais da Doutrina Cristã

A primeira coisa que é preciso saber são as verdades de nossa fé: quem é Deus, quem é Jesus Cristo, quem criou o mundo, quem é o Espírito Santo, quem é a Virgem Maria, para que Cristo fundou a Igreja, qual o prêmio ou o castigo que nos espera, etc.. Estas coisas nós as conhecemos ao estudar O SÍMBOLO DA FÉ ou o CREDO.

Se queremos saber como é celebrada a nossa fé cristã, como nos tornamos cristãos, como se alcança o perdão de Deus, de que forma Deus nos ajuda para vencer as dificuldades que encontramos...., tudo isto aprendemos estudando A LITURGIA e OS SACRAMENTOS.

Também necessitamos saber o que Deus quer que façamos para ser felizes e fazer felizes os demais e poder chegar ao céu, como viver em Cristo. Vamos aprender estas coisas estudando A MORAL CRISTÃ nos MANDAMENTOS.

É preciso também conhecer o sentido e a importância da oração em nossa vida; por isto a quarta parte estuda A ORAÇÃO NA VIDA CRISTÃ.