Namoro e Castidade

 

 

Objetivos

Trabalhar o verdadeiro sentido do namoro, proposta oposta ao de ficar.

Entender o namoro como doação: ser e fazer o outro feliz.

Refletir sobre o que a sociedade consumista nos apresenta hoje sobre namoro e perceber a riqueza da visão cristã sobre essa realidade.

 

Preparação para o encontro

Bíblias.

 

Acolhida

Oração inicial: Vinde Espírito Santo.

 

Fazendo uma análise junto ao catequizando deve-se levá-lo a refletir que o namoro tem como base uma amizade, levando duas pessoas a partilharem afeto, carinho, compreensão, entendimento, responsabilidade um pelo outro, um conjunto de elementos que não são formados repentinamente e, por isto, não estão no contexto do ficar que é marcado pelo imediatismo e falta de compromisso; o próprio fluxo da vida nos leva a idéia de continuidade, amadurecimento, na qual o ficar vem na contramão do ritmo da vida.

· Para que serve o namoro? Como duas pessoas podem realmente se conhecer melhor nesta fase do relacionamento?

 

Ver

Namoro

Cada catequizando escreve em um papel em branco o que entende por namoro responsável.

Colocar todas as respostas em uma caixinha.

O catequista lê as respostas em voz alta.

 

Dinâmica- Desenvolver o senso crítico de moças e rapazes. (Página 49- livro Crescimento do Jovem na Comunidade Cristã).

Perguntas para os grupos:

1. Que tipos de relacionamento vocês conhecem entre homem e mulher?

2. O que é namoro para vocês?

3. O que acham mais importante no relacionamento entre uma moça e um rapaz?

4. Que preconceitos vocês percebem no relacionamento entre homem e mulher?

5. O grupo das moças escreva cinco itens que desejam encontrar nos rapazes.

6. O grupo dos rapazes escreva cinco itens que desejam encontrar nas moças.

 

Iluminar

NAMORO, SEXO E CASAMENTO.
Namoro é tempo de preparação para o casamento. É tempo de sentir-se, de conhecer-se, de querer bem. No namoro se testa os sentimentos e decide-se para o futuro.
O sexo tem duas dimensões na dinâmica cristã: unitiva e procriativa. Unitiva para celebração máxima do amor entre o casal. Procriativa para formação da família: "Crescei e multiplicai-vos".
O sexo é para ser vivido no tempo certo, ou seja, no casamento.
Como jovens crismandos fica o desafio, o que podemos fazer para ter entre nós um bom relacionamento na amizade e no namoro?

 

Texto: Os dez mandamentos do namoro

 

1ª Dinâmica (retirada do livro Crescimento do Jovem na Comunidade Cristã- pág. 41).

 

JOGO DAS COLUNAS (gabarito)

• Castidade - Resp: Quando o homem e a mulher têm como fim a união, onde um traz para o outro as suas riquezas e assim se completam.

• Continência - Resp: Quando não se usa o órgão genital.

• Pureza - Resp: Idiotice? Cafonice? Quando os olhos da gente conseguem enxergar as coisas como são, de verdade, sem mentira.

• Erótico - Resp: Tudo aquilo que provoca a busca do prazer sexual.

• Sexo - Resp: Tudo aquilo que dá ao homem e à mulher a capacidade de gerar vida.

• Sexualidade - Resp: É a maneira de caminhar, vestir, gesticular, pensar e amar que diz se somos homens ou mulheres.

• Adolescência - Resp: Idade em que o menino e a menina sofrem profundas mudanças no corpo, nos sentimentos e na mente.

• Homossexual - Resp: Pessoa que se sente atraída pelo mesmo sexo.

• Genitalidade - Resp: Palavra que significa separar. Ou seja: criam-se duas metades (masculina e feminina) que são completadas quando ficam juntas. É um conjunto de mudanças físicas e psíquicas.
• Genitalismo - Resp: Redução da sexualidade à genitalidade.

 

1Cor 12,6 e 1 Cor 10,23s

 

NAMORO: CONHECER PARA AMAR MELHOR(pág. 52 - livro Crescimento do Jovem na Comunidade Cristã).

 

Namorar é um jeito de se expressar que ocorre não só no beijo ou no abraço: é também um conjunto de palavras e ações que buscam nos deixar ainda mais apaixonados. É um dar e receber amor. Amor que desabrocha. Como é gostoso namorar quando se tem por base a amizade, quando os dois jovens sentem-se responsáveis, um pelo outro, e partilham carinho, afeto, compreensão e entendimento.

Contudo, corre-se o risco de perder esse momento precioso. Muitos brincam de namorados... Pode acontecer um mero "ficar". Substitui-se o namoro pela experiência do juntar-se, do amigar-se. Entretanto, a falta de estrutura do casal pode levar a situações como aborto, gravidez na adolescência, abandono de crianças, separações irresponsáveis, gerando problemas sociais e éticos gravíssimos.

A experiência de namoro é marcada muitas vezes pelo ciúme, pelas cobranças, pela falta de confiança de ambos; por outro lado, também pela honestidade, vibração, fidelidade e amizade. É importante não se iludir com a atração física, com presentes caros ou contas bancárias promissoras... Quem assim age está se preparando para a desilusão e o desengano.

Outro equívoco é o machismo. Como resposta a esses desafios, fica a certeza: só o amor maduro é capaz de trazer felicidade à vida a dois.

É preciso se preparar para o futuro afetivo da mesma forma como se prepara para uma profissão. Por isso o tempo do namoro é especial. É nele que se busca viver profundamente a experiência de conhecer o outro. O diálogo é fundamental. No namoro se constroem as bases de um matrimônio válido, onde é necessário:

 

Agir

Educar-me para uma vida de amor.

 

Celebrar

Oração final

Rezar um Pai Nosso e uma Ave  Maria e encerrar com o abraço da paz.

 

 


 

Os dez mandamentos do namoro

 

Namoro é uma fase muito bonita. É definida como o ato de galantear, cortejar, procurar inspirar amor a alguém. O namoro cristão, tenha a idade que tiver, deve ser uma convivência afetiva preliminar que amadurece e prepara o casal para o compromisso mais profundo. O contrário disso, longe dos princípios de Deus, pode resultar em uma experiência nociva e traumática.

Observe alguns princípios que ajudam a manter o seu namoro dentro do ponto de vista de Deus.

1. Não namore por lazer: namoro não é passatempo e o cristão consciente deve encarar o namoro como uma etapa importante e básica para um relacionamento duradouro e feliz. Casamentos sólidos decorrem de namoros bem ajustados.

2. Não se prenda em um jugo desigual (II Co 6:14-18): iniciar um namoro com alguém que não tem temor a Deus e não é uma nova criatura pode resultar em um casamento equivocado.

3. Imponha limites no relacionamento: o namoro moderno, segundo o ponto de vista dos incrédulos, está deformado e nele intimidade sexual ou práticas que levam a uma intimidade cada vez maior são normais, mas o namoro do cristão não deve ser assim, o que nos leva ao próximo mandamento.

4. Diga não ao sexo: Deus criou o sexo para ser praticado entre duas pessoas que se amam e têm entre si um compromisso permanente. É uma bênção para ser desfrutada plenamente dentro do casamento; fora dele é impureza.

5. Promova o diálogo e a comunicação: conversar é essencial, estabeleça uma comunicação constante, franca e direta e não evite conversar sobre qualquer assunto.

6. Cultive o romantismo: a convivência a dois deve ser marcada por gentileza, cordialidade e romantismo. Isso não é cafona, nem é coisa do passado e traz brilho ao relacionamento.

7. Mantenha a dignidade e o respeito: o namoro equilibrado tem um tratamento recíproco de dignidade, respeito e valorização. O respeito é imprescindível para um compromisso respeitoso e duradouro. Desrespeito é falta de amor.

8. Pratique a fidelidade: infidelidade no namoro leva à infidelidade no casamento. Fidelidade é elemento imprescindível em qualquer tipo de relacionamento coerente à vontade de Deus, que abomina a leviandade.

9. Assuma publicamente seu relacionamento: uma pessoa madura e coerente com a vontade de Deus não precisa e nem deve lutar contra seus sentimentos ou escondê-los.

10. Forme um triângulo amoroso: namoro realmente cristão só é bom a três: o casal e Deus. Ele deve ser o centro e o objetivo do namoro.

Deixe Deus orientar e consolidar seu namoro. Viva integralmente as bênçãos que Deus tem para você através do namoro. E seja feliz.

Fonte: Canção Nova

 

Castidade / Homossexualidade

 

Catecismo da Igreja Católica Pág. 604 a 611

ARTIGO 6

O SEXTO MANDAMENTO

“Não cometerás adultério” (Ex 20, l4) (82).

“Ouvistes que foi dito: "Não cometeras adultério". Eu, porem, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 27- 28).

 

I. «Homem e mulher os criou»...

2331. “Deus e amor e vive em Si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Ao criar a humanidade do homem e da mulher a sua imagem [...] Deus inscreveu nela a vocação para o amor e para a comunhão e, portanto, a capacidade e a responsabilidade correspondentes” (83).

“Deus criou o homem a sua imagem; [...] homem e mulher os criou” (Gn 1, 27); “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1, 28); “Quando Deus criou o ser humano, fê-lo a semelhança de Deus. Criou-os homem e mulher e abençoou-os; e chamou-lhes “Homem (Adão)” no dia em que os criou”(Gn 5, 1-2).

 

2332. A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na unidade do seu corpo e da sua alma. Diz respeito particularmente a afetividade, a capacidade de amar e de procriar, e, de um modo mais geral, a aptidão para criar laços de comunhão com outrem.

 

2333. Compete a cada um, homem e mulher, reconhecer e aceitar a sua identidade sexual. A diferença e a complementaridade físicas, morais e espirituais orientam-se para os bens do matrimônio e para o progresso da vida familiar. A harmonia do casal e da sociedade depende, em parte, da maneira como são vividos, entre os sexos, a complementaridade, a necessidade mútua e o apoio recíproco.

 

2334. “Ao criar o ser humano homem e mulher, Deus conferiu a dignidade pessoal, de igual modo ao homem e a mulher” (84). “O homem e uma pessoa; e isso na mesma medida para o homem e para a mulher, porque ambos são criados a imagem e semelhança dum Deus pessoal” (85).

 

2335. Cada um dos dois sexos e, com igual dignidade, embora de modo diferente, imagem do poder e da ternura de Deus. A união do homem e da mulher no matrimonio e um modo de imitar na carne a generosidade e a fecundidade do Criador: “O homem deixara o seu pai e a sua mãe para se unir a sua mulher; e os dois serão uma só carne≫ (Gn 2, 24). Desta união procedem todas as gerações humanas (86).

 

2336. Jesus veio restaurar a criação na pureza das suas origens. No sermão da montanha, interpreta de modo rigoroso o desígnio de Deus: “Ouvistes que foi dito: "Não cometerás adultério". Eu, porem, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 27- 28). Não separe o homem o que Deus uniu (87). A Tradição da Igreja entendeu o sexto mandamento como englobando o conjunto da sexualidade humana.

 

II. A vocação à castidade

2337. A castidade significa a integração conseguida da sexualidade na pessoa, e dai a unidade interior do homem no seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mutuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher. A virtude da castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação.

 

A INTEGRIDADE DA PESSOA

2338. A pessoa casta mantém a integridade das forcas de vida e de amor em si depositadas. Esta integridade garante a unidade da pessoa e opõe-se a qualquer comportamento susceptível de a ofender. Não tolera nem a duplicidade da vida, nem a da linguagem (88).

 

2339. A castidade implica uma aprendizagem do domínio de si, que e uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa e clara: ou o homem comanda as suas paixões e alcança a paz, ou se deixa dominar por elas e torna-se infeliz (89). “A dignidade do homem exige que ele proceda segundo uma opção consciente e livre, isto e, movido e determinado por uma convicção pessoal e não sob a pressão de um cego impulso interior ou da mera coação externa. O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se de toda a escravidão das paixões, prossegue o seu fim na livre escolha do bem e se procura de modo eficaz e com diligente iniciativa os meios adequados” (90).

 

2340. Aquele que quiser permanecer fiel as promessas do seu Batismo e resistir as tentações, terá o cuidado de procurar os meios: o conhecimento de si, a pratica duma ascese adaptada as situações em que se encontra, a obediência aos mandamentos divinos, a pratica das virtudes morais e a fidelidade a oração. “A continência, na verdade, recolhe-nos e reconduz-nos aquela unidade que tínhamos perdido, dispersando-nos na multiplicidade” (91).

 

2341. A virtude da castidade gira na orbita da virtude cardial da temperança, a qual visa impregnar de razão as paixões e os apetites da sensibilidade humana.

 

2342. O domínio de si e uma obra de grande fôlego. Nunca poderá considerar-se total e definitivamente adquirido. Implica um esforço constantemente retomado, em todas as idades da vida (92); mas o esforço requerido pode ser mais intenso em certas épocas, como quando se forma a personalidade, durante a infância e a adolescência.

 

2343. A castidade conhece leis de crescimento e passa por fases marcadas pela imperfeição, muitas vezes ate pelo pecado. O homem virtuoso e casto “constrói-se dia a dia com as suas numerosas decisões livres. Por isso, conhece, ama e cumpre o bem moral segundo fases de crescimento” (93).

 

2344. A castidade representa uma tarefa eminentemente pessoal; implica também um esforço cultural, porque existe “interdependência entre o desenvolvimento da pessoa e o da própria sociedade” (94). A castidade pressupõe o respeito pelos direitos da pessoa, particularmente o de receber uma informação e educação que respeitem as dimensões morais e espirituais da vida humana.

 

2345. A castidade e uma virtude moral. Mas e também um dom de Deus, uma graça, um fruto do trabalho espiritual (95). O Espírito Santo concede a graça de imitar a pureza de Cristo (96) aquele que regenerou pela água do Batismo.

 

A INTEGRALIDADE DO DOM DE SI

2346. A caridade e a forma de todas as virtudes. Sob a sua influência, a castidade aparece como uma escola de doação da pessoa. O domínio de si ordena-se para o dom de si. A castidade leva quem a pratica a tornar-se, junto do próximo, testemunha da fidelidade e da ternura de Deus.

 

2347. A virtude da castidade expande-se na amizade. Indica ao discípulo o modo de seguir e imitar Aquele que nos escolheu como seus próprios amigos (97), que Se deu totalmente a nos e nos faz participar da sua condição divina. A castidade e promessa de imortalidade. A castidade exprime-se especialmente na amizade para com o próximo. Desenvolvida entre pessoas do mesmo sexo ou de sexos diferentes, a amizade representa um grande bem para todos. Conduz a comunhão espiritual.

 

OS DIVERSOS REGIMES DA CASTIDADE

2348. Todo o batizado e chamado a castidade. O cristão “revestiu-se de Cristo” (98), modelo de toda a castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta, segundo o seu estado de vida particular. No momento do seu Batismo, o cristão comprometeu-se a orientar a sua afetividade na castidade.

 

2349. “A castidade deve qualificar as pessoas segundo os seus diferentes estados de vida: uns, na virgindade ou celibato consagrado, forma eminente de se entregarem mais facilmente a Deus com um coração indiviso: outros, do modo que a lei moral para todos determina, e conforme são casados ou solteiros” (99). As pessoas casadas são chamadas a viver a castidade conjugal; as outras praticam a castidade na continência: “Existem três formas da virtude da castidade: uma, das esposas: outra, das viúvas; a terceira, da virgindade. Não louvamos uma com exclusão das outras. [...] E nisso que a disciplina da Igreja é rica” (100).

 

2350. Os noivos são chamados a viver a castidade na continência. Eles farão, neste tempo de prova, a descoberta do respeito mutuo, a aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem um ao outro de Deus. Reservarão para o tempo do matrimônio as manifestações de ternura especificas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.

 

AS OFENSAS A CASTIDADE

2351. A luxúria é um desejo desordenado ou um gozo desregrado de prazer venéreo. O prazer sexual e moralmente desordenado quando procurado por si mesmo, isolado das finalidades da procriação e da união.

 

2352. Por masturbação entende-se a excitação voluntaria dos órgãos genitais, para dai retirar um prazer venéreo. “Na linha duma tradição constante, tanto o Magistério da Igreja como o sentido moral dos fieis tem afirmado sem hesitação que a masturbação e um ato intrínseca e gravemente desordenado. “Seja qual for o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das normais relações conjugais contradiz a finalidade da mesma”. O prazer sexual e ali procurado fora da “relação sexual requerida pela ordem moral, que e aquela que realiza, no contexto dum amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana”(101). Para formar um juízo justo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos, e para orientar a ação pastoral, devera ter-se em conta a imaturidade afetiva, a forca de hábitos contraídos, o estado de angustia e outros fatores psíquicos ou sociais que podem atenuar, ou ate reduzir ao mínimo, a culpabilidade moral.

 

2353. A fornicação é a união carnal fora do matrimonio entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contraria a dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, assim como para a geração e educação dos filhos. Além disso, é um escândalo grave, quando ha corrupção dos jovens.

 

2354. A pornografia consiste em retirar os atos sexuais, reais ou simulados, da intimidade dos parceiros, para os exibir a terceiras pessoas, de modo deliberado. Ofende a castidade, porque desnatura o ato conjugal, doação íntima dos esposos um ao outro. E um grave atentado contra a dignidade das pessoas intervenientes (atores, comerciantes, publico), uma vez que cada um se torna para o outro objeto dum prazer vulgar e dum lucro ilícito. E faz mergulhar uns e outros na ilusão dum mundo fictício. E pecado grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de material pornográfico.

 

2355. A prostituição e um atentado contra a dignidade da pessoa que se prostitui, reduzida ao prazer venéreo que dela se tira. Quem paga, peca gravemente contra si mesmo: quebra a castidade a que o obriga o seu Batismo e mancha o seu corpo, que e templo do Espírito Santo (102). A prostituição constitui um flagelo social. Envolve habitualmente mulheres, mas também homens, crianças ou adolescentes (nestes dois últimos casos, o pecado duplica com o escândalo). E sempre gravemente pecaminoso entregar-se a prostituição; mas a miséria, a chantagem e a pressão social podem atenuar a imputabilidade do pecado.

 

2356. A violação designa a entrada na intimidade sexual duma pessoa à força, com violência. É um atentado contra a justiça e a caridade. A violação ofende profundamente o direito de cada um ao respeito, a liberdade e a integridade física e moral. Causa um prejuízo grave, que pode marcar a vitima para toda a vida. E sempre um ato intrinsecamente mau. E mais grave ainda, se cometido por parentes próximos (incesto) ou por educadores contra crianças a eles confiadas.

 

CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE

2357 A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atração sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (103) a Tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados” (104). São contrários a lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.

 

2358. Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristas, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido a sua condição.

 

2359. As pessoas homossexuais são chamadas a castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição crista.

 

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