Criação- 1ª manifestação do amor de Deus
Objetivos |
Reconhecer o amor e a bondade de Deus que nos cria para uma vida digna. Apresentar a noção de pecado como escolha que coloca obstáculos à felicidade que Deus deseja para todos. |
Preparação para o encontro |
Bíblias; Boliche catequético. Cópias das atividades. |
Acolhida |
Oração Inicial: Pai Nosso
O amor de Deus é livre e gratuito. A iniciativa é sempre de Deus. Ele nos amou e deseja nossa felicidade e salvação. Quando recusamos o amor de Deus pelo pecado afastamo-nos Dele por nossa vontade; mas o pecado só nos derruba se deixarmos, pois Deus é maior. Ter consciência do pecado é fundamental para vencê-lo.
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Ver |
Pedir para que olhem ao redor para observar, por alguns minutos, a beleza da natureza!
Há muito tempo o mundo em que vivemos não existia. Não existia nada, apenas Deus. Deus tem muito amor e ele não queria ficar sozinho com todo esse amor. Resolve, então, criar as coisas. O que ele queria era repartir o seu amor com todas as coisas. Então Deus começou a criar. Leitura bíblica: Gn 1-2,3 Deus criou o mundo e o entregou às pessoas. Queria que todos vivessem o amor.
Contar a história de Adão e Eva – Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, isto quer dizer que, Ele nos criou como filhos, somos parecidos com Deus, mas não somos Deus. Ele nos deu inteligência, capacidade para aprender e criatividade. A criação de Deus é tão perfeita que somos um diferente do outro, cada um tem talento, um dom diferente. Mas desde o começo do mundo, as pessoas escolheram um jeito mais egoísta de viver. Não seguiram a orientação de Deus. É a isso que chamamos de pecado: muita gente, usando a liberdade que Deus lhe deu, escolhe fazer o contrário do que Deus pede. Conversar com os catequizandos fazendo perguntas sobre Adão e Eva. 1. Qual foi a única ordem que Deus deu a Adão e Eva? 2. Como o diabo apareceu para Adão e Eva? 3. Quem comeu primeiro o fruto proibido? 4. Quem Adão acusou? 5. Quem Eva acusou? 6. Como Deus castigou a serpente? 7. Como Deus castigou Eva? 8. Como Deus castigou Adão? Se quizer, ler Gn 3 .O homem era não quis obedecer a Deus. Deus nos convida a sermos irmãos. O pecado é recusar o convite de Deus. O pecado nos impede de sermos amigos e irmãos uns dos outros.
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Iluminar |
Refletindo: Adão e Eva desobedeceram a Deus, o homem pecou e por isso mereceu o castigo: já não pode mais ficar no Paraíso. Com o pecado o homem mereceu a morte, o sofrimento e a dor. A morte pior foi a separação de DEUS. Mas Deus tem preparado outro lindo lar, especialmente para você e para mim. O lindo lar que Deus tem preparado para nós é o Céu. Deus nos ama. Ele quer que um dia todos morem com Ele em Seu lindo lar, o Céu. Mas Deus não pode nos deixar ir para o Céu com as coisas feias que fazemos. Deus chama estas coisas feias de pecado. O Céu é lindo, lindo, lindo, e lá o pecado não pode entrar. O Céu é um lugar muito alegre. Se o pecado e as coisas feias entrassem ali, fariam do Céu um lugar triste. A escuridão representa o pecado, às maldades que nós fazemos e entristecemos a Deus. Pecar é desobedecer a Deus, é trocar a vida pela morte.
Dinâmica- Boliche Catequético – Derrubando o pecado
Avaliar a dinâmica com as crianças. |
Agir |
Versículo para decorar: Tiago 4.17 “ Aquele pois, que sabe o bem que deve fazer e não faz,comete pecado”. |
Celebrar |
Oração final: Senhor agradeço os dons que me destes. Em todos os dias de minha vida, quero dar ao Senhor respostas de amor e fazer a Sua Vontade.Peço que me ajude a usar os dons que me destes amando e respeitando todas as pessoas, pois somos filhos Teu. Senhor, nossos primeiros pais se sentiram tentados a rejeitar seu amor, mas o Senhor teve compaixão deles. Peço Senhor tem piedade de mim. Cria em mim, Senhor, um coração puro, capaz de perdoar sempre. Amém! |
Gênesis 2.8-17 e 3 (Base bíblica para a história)
Gênesis 2 e 3 (Leitura bíblica para o catequista)
História: Adão e Eva
Era um bonito jardim chamado Éden, criado especialmente para Adão e Eva.
Deus plantou uma árvore muito especial. Quem quer que dela comesse, viveria para sempre. Adão e Eva estavam muito contentes e não conheciam o pecado, o temor ou a tristeza. Andavam e falavam pessoalmente com Deus.
O Senhor plantou também no jardim a Árvore do conhecimento do Bem e do Mal, que abriria os olhos dos homens aos males que pudessem existir no mundo. O Senhor explicou a Adão e Eva que poderiam comer do fruto de todas as árvores exceto desta última, pois queria poupar-lhes o sofrimento e a dor. E disse mais:
− Se dela comeres, certamente morrerão.
Mas, certo dia, Eva escutou a voz da serpente (uma das formas assumidas por Satanás), tentando-a:
− Deus lhes disse para não comerem do fruto das árvores do jardim?
Respondeu Eva a serpente:
− Podemos comer do fruto de todas as árvores, exceto da Árvore do conhecimento do Bem e do Mal. Se dela comermos, morreremos. Então a serpente lhe disse:
− Lógico que não morrerão! Deus bem sabe que, no dia em que deste fruto comerem, vocês se tornaram sábios como Ele, conhecendo o Bem e o Mal, é por isso que Ele proibiu.
Eva, acreditando na pérfida serpente, comeu do fruto, dando-o também a Adão.
Imediatamente, pela primeira vez, eles ficaram com medo, procurando um esconderijo.
Mas logo, Deus os chamou:
− Adão, onde você está?
Adão respondeu:
− Ouvi a voz do Senhor e tive medo. Por isso me escondi.
Perguntou-lhe Deus:
− Por que você tem medo de mim? Comeu da árvore proibida?
Então Adão confessou que Eva havia lhe dado do fruto.
E Deus voltou-se para Eva, perguntando:
− Que é isso que você fez?
Eva confessou que havia escutado a voz do tentador, comendo o fruto e oferecendo-o ao seu marido.
Deus ficou muito triste, porque sabia que o pecado tornara Adão e Eva incapazes de morar naquele bonito jardim, onde poderiam comer da Árvore da Vida e assim, viver para sempre. O Senhor sabia que, por causa deste pecado, nunca mais poderia andar e conversar intimamente com os homens, como havia feito no jardim.
Por causa do que a serpente fez, Deus a amaldiçoou, condenando-a a rastejar sobre seu ventre por todos os dias de sua vida. Todavia o próprio Satanás (a serpente) seria algum dia derrotado pelo Filho de Deus, Jesus Cristo.
À Eva, Deus disse:
− Por que seguiu as sugestões da serpente, sofrerá dores e tristeza por todos os dias da tua vida.
Adão também recebeu seu castigo. Deus ordenou que espinhos e ervas daninhas crescessem na terra, tornando cada vez mais difícil o cultivo de frutas e legumes.
E, como o último castigo, Adão e Eva ficariam velhos e voltariam ao pó do qual foram feitos.
Depois, Deus os expulsou do belo jardim, mas prometeu lhes um redentor, para um dia salvar os homens do pecado e da morte.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Desobediência de Adão e do homem e suas conseqüências
§399 – A Escritura mostra as conseqüências dramáticas desta primeira desobediência. Adão e Eva perdem de imediato a graça da santidade original. Têm medo deste Deus, do qual fizeram uma falsa imagem, a de um Deus enciumado de suas prerrogativas.
§400 – A harmonia na qual estavam, estabelecida graças à justiça original, está destruída; o domínio das faculdades espirituais da alma sobre o corpo é rompido; a união entre ohomem e a mulher é submetida a tensões; suas relações serão marcadas pela cupidez e pela dominação (cf. Gn 3, 16). A harmonia com a criação está rompida: a criação visível tornou-se para o homem estranha e hostil. Por causa do homem, a criação está submetida "à servidão da corrupção". Finalmente, vai realizar-se a conseqüência explicitamente anunciada para o
caso de desobediência: o homem "voltará ao pó do qual é formado" A morte entra na história da humanidade.
(Artigos relacionados: 1607, 2514, 602, 1008)
§401 – A partir do primeiro pecado, uma verdadeira "invasão" do pecado inunda o mundo: o fratricídio cometido por Caim contra Abel; a corrupção universal em decorrência do pecado; na história de Israel, o pecado se manifesta freqüentemente e, sobretudo como uma infidelidade ao Deus da Aliança e como transgressão da Lei de Moisés; e mesmo após a Redenção de Cristo, entre os cristãos, o pecado se manifesta de muitas maneiras. A Escritura e a Tradição da Igreja não cessam de recordar a presença e a universalidade do pecado na história do homem: O que nos é manifestado pela Revelação divina concorda com a própria experiência. Pois o homem, olhando para seu coração, descobre-se também inclinado ao mal e mergulhado em múltiplos males que não podem provir de seu Criador, que é bom. Recusando-se muitas vezes a reconhecer Deus como seu princípio, o homem destruiu a devida ordem em relação ao fim último e, ao mesmo tempo, toda a sua harmonia consigo
mesmo, com os outros homens e com as coisas criadas.
Conseqüências do pecado de Adão para a humanidade
§402 – Todos os homens estão implicados no pecado de Adão. São Paulo o afirma: "Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores" (Rm 5,19). "Como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram..." (Rm 5,12). A universalidade do pecado e da morte o Apóstolo opõe a universalidade da salvação em Cristo: "Assim como da falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só (a de Cristo), resultou para todos os homens justificação que traz a vida" (Rm 5,18).
§1733 – Nas paixões, como movimentos da sensibilidade, não há bem ou mal moral. Mas, enquanto dependem da razão e da vontade, há nelas bem ou mal moral.
§2515 – No sentido etimológico, a "concupiscência" pode designar qualquer forma veemente de desejo humano. A teologia cristã lhe deu o sentido particular de moção do apetite sensível que se opõe aos ditames da razão humana.
O Apóstolo Paulo a identifica com a revolta que a carne provoca contra o "espírito". Provém da desobediência do primeiro pecado. Transtorna as faculdades morais do homem e, sem se pecado em si mesma, inclina-o a cometê-lo.
Desobediência de Adão reparada por Cristo
§411 – A tradição cristã vê nesta passagem um anúncio do "novo Adão", que, por sua "obediência até a morte de Cruz" (Fl 2,8), repara com superabundância a desobediência de Adão. De resto, numerosos Padres e Doutores da Igreja vêem na mulher anunciada no "proto-evangelho" a mãe de Cristo, Maria, como "nova Eva". Foi ela
que, primeiro e de uma forma única, se beneficiou da vitória sobre o pecado conquistada por Cristo: ela foi preservada de toda mancha do pecado original e durante toda a vida terrestre, por uma graça especial de Deus, não cometeu nenhuma espécie de pecado.
§532 – A submissão de Jesus a sua Mãe e a seu pai legal cumpre com perfeição o quarto mandamento. Ela é a imagem temporal de sua obediência filial a seu Pai celeste. A submissão diária de Jesus a José e a Maria anunciava e antecipava a submissão da Quinta-feira Santa: "Não a minha vontade..." (Lc 22,42). A obediência
de Cristo no cotidiano da vida inaugurava já a obra de restabelecimento daquilo a desobediência de Adão havia destruído.
§614 – Este sacrifício de Cristo é único. Ele realiza e supera todos os sacrifícios. Ele é primeiro um dom do próprio Deus Pai: é o Pai que entrega seu Filho para reconciliar-nos consigo. É ao mesmo tempo oferenda do Filho de Deus feito homem, o qual, livremente e por amor, oferece sua vida a seu Pai pelo Espírito Santo, para reparar nossa desobediência.
§615 – Como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tornarão justos" (Rm 5,19). Por sua obediência até a morte, Jesus realizou a substituição do Servo Sofredor que"oferece sua vida em sacrifício expiatório", "quando carregava o pecado das multidões", "que
ele justifica levando sobre si o pecado de muitos". Jesus prestou reparação por nossas faltas e satisfez o Pai por nossos pecados.
Desobediência moral
§1733 – Nas paixões, como movimentos da sensibilidade, não há bem ou mal moral. Mas, enquanto dependem da razão e da vontade, há nelas bem ou mau moral.
§1862 Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento.
§2515 – No sentido etimológico, a "concupiscência" pode designar qualquer forma veemente de desejo humano. A teologia cristã lhe deu o sentido particular de moção do apetite sensível que se opõe aos ditames da razão humana.
O Apóstolo Paulo a identifica com a revolta que a carne provoca contra o "espírito". Provém da desobediência do primeiro pecado. Transtorna as faculdades morais do homem e, sem se pecado em si mesma, inclina-o a cometê-lo.
Pecado desobediência a Deus
§397 – O homem, tentado pelo Diabo, deixou morrer em seu coração a confiança em seu Criador e, abusando de sua liberdade, desobedeceu ao mandamento de Deus. Foi nisto que consistiu o primeiro pecado do homem. Todo
pecado, daí em diante, ser uma desobediência a Deus e uma falta de confiança em sua bondade.
§1850 – O pecado é ofensa a Deus: "Pequei contra ti, contra ti somente; pratiquei o que é mau aos teus olhos" (Sl 51,6). O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações. Como o primeiro pecado, é uma desobediência, uma revolta contra Deus, por vontade de tornar-se "como deuses", conhecendo e determinando o bem e o mal (Gn 3,5). O pecado é, portanto, "amor de si mesmo até o desprezo de Deus". Por essa exaltação orgulhosa de si, o pecado é diametralmente contrário à obediência de Jesus, que realiza a
salvação.
§1871 – O pecado é "uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna". É uma ofensa a Deus. Insurge-se contra Deus numa desobediência contrária à obediência de Cristo.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica